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Do tiro no peito de Getúlio Vargas ao tesão que Lula tem pela vida

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Por IELA em 22 de novembro de 2019

Do tiro no peito de Getúlio Vargas ao tesão  que Lula tem pela vida

Lula sem bala na agulha

Lula ante o indeclinável imperativo do desmascaramento histórico: chutar o pau da barraca e escancarar sem rebuço as ladroagens dos bacanas, empresários e políticos, inclusos os proprietários de jornais e TVs. 
A privatização internacional foi iniciada sob o auspício de juízes e promotores que envergam as togas entreguistas e impatrióticas da telenovela.
Urge autocrítica radical e implacável de si, porquanto seu partido desacreditou a capacidade revolucionária da classe operaria, não só de São Paulo. 
Indicar um candidato às eleições de 2022 somente logrará efeito mediante um abrir o jogo que abale a hipocrisia da burguesia bandeirante. Sabemos da historia repetida como farsa, porém não se trata da mesma situação vivida em 1954 por Getúlio Vargas entre a vida e a história. 
Quem conhece a cozinha do trabalhismo não pode olvidar que Leonel Brizola, embora reconhecesse a magnitude da crise de 1954, discordou do derradeiro gesto suicida de Getúlio Vargas, encarando-o sob o signo da desistência política, pois era possível fazer alguma coisa para enfrentar o imperialismo e os seus lacaios lacerdistas.
Leonel Brizola no cemitério de São Borja, diante da sepultura de Getúlio Vargas, perguntou a Lula se teria alguma coisa a falar com o ex-presidente suicidário. Desde 1979, por ocasião de seu primeiro encontro com Lula em São Paulo no sindicato, certificou-se que o líder metalúrgico nada sabia a respeito de Getúlio Vargas, o maior líder burguês da classe operária, segundo o historiador Nelson Werneck Sodré.
O PT chegou a manejar cinco mil diretórios e o seu líder viveu em paz com todas as classes sociais. Proeza de bonapartismo.  Companheiro de viajem da burguesia internacional. Isso culminou com a chapa Dilma-Temer sob a anuência dos sindicalistas aburguesados. Nem se diga que haja abismo entre palavras e atos. Lula nunca se considerou de esquerda, marxista, nacionalista, antiimperialista. Ele tem sido um embaixador da luta de classes.
Acreditou e talvez ainda acredite que a justiça seja apartidária. Os juízes do Supremo Tribunal Federal são nomeados pelo Presidente da República. Lula nomeou quatro. 
Será que temos de procurar juízes em Berlim e em Quixeramobim?
João Goulart errou na escolha dos ministros militares Kruel, Jair Dantas, Peri Bevilacqua. Não nomeou o general Osvino Ferreira Alves. 
João Goulart foi derrubado não porque se moveu à esquerda, mas porque se agarrou à direita.
A psicologia bizonha de Lula pós-xilindró não o redime de ter impedido que Leonel Brizola chegasse ao poder em 1989. 
 

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