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Mapuches lutam para manter TV aberta

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Por IELA em 09 de novembro de 2015

Mapuches lutam para manter TV aberta

Trabalhadores exigem do governo os recursos definidos por lei

O primeiro e único canal de televisão indígena da Argentina, Wall Kintun (Buscar no entorno), criado pós nova lei de meios, está prestes a fechar. O canal, que é controlado e produzido pelo povo Mapuche, transmite em sinal aberto a partir da cidade de Bariloche e está no ar desde o dia 7 de dezembro de 2012. Mas, as dificuldades financeiras para manter a atividade mostram os limites da incensada lei de meios do país. Segundo a diretora do canal Deolinda Buenuleo, em entrevista ao portal Resumen Latinoamericano, a negligência daqueles que deveriam fazer cumprir a lei estão colocando os trabalhadores da emissora no seu limite.
Nascida com o propósito de garantir o espaço na TV aberta para aqueles que durante séculos tiveram sua voz silenciada nos meios de comunicação, a emissora mapuche já dá mostras de esgotamento financeiro, uma vez que já se passaram meses sem que o estado repasse os recursos que seriam assegurados pela lei. E, sem a verba, não há como pagar os trabalhadores. “Nos sentimos discriminados. Parece que a Lei de Meios não chega aos povos originários”, afirma Oscar Moreno, que trabalha no canal. Segundo ele, o município já declarou que o canal mapuche é de interesse cultural e municipal, mas mesmo assim não há perspectiva de que os recursos cheguem até a emissora.    
Agora, diante do iminente fechamento do canal de televisão, o povo mapuche insiste em reivindicar do governo o cumprimento da lei que assegura verba para os veículos comunitários, mas ao mesmo tempo segue atuando junto à comunidade para que possam ser gerados recursos capazes de garantir, pelo menos, os salários dos trabalhadores. Sendo o único canal indígena em funcionamento na Argentina, os mapuche estão fazendo o que podem para não permitir o fechamento da emissora.
A Wall KintuN TV, além da produção própria, também transmite conteúdos realizados em todo o país a partir do Banco Audiovisual de Conteúdos Universais Argentinos (BACUA), bem como os produzidos pelo Educ.ar. Tem na sua grade de programação filmes e documentários sobre direitos humanos e sobre os povos originários de toda América Latina.
Com informações do Resumen Latinoamericano

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