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México sedia negociações entre governo venezuelano e oposição

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Por IELA em 03 de setembro de 2021

México sedia negociações entre governo venezuelano e oposição

Começa hoje, na cidade do México, uma série de reuniões mediadas pelos governos da Noruega e México, que compõe o início de um processo de diálogo entre o governo venezuelano e a oposição de direita. Esse encontro faz parte de um entendimento fechado no dia 13 de agosto entre o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez e a Plataforma Unitária da Venezuela, comandada por Gerardo Blyde. 
Conforme informou Rodríguez, a intenção do governo venezuelano é apresentar uma proposta concreta de retomada econômica e social, tendo como ponto central a devolução dos recursos que pertencem ao povo venezuelano e que estão sendo confiscados pelos bancos internacionais como parte das sanções promovidas pelos Estados Unidos. 
Por conta dessa iniciativa de diálogo, a Plataforma Unitária da Venezuela anunciou também que deverá participar das eleições regionais e municipais que acontecem no dia 21 de novembro, com a legenda da Mesa de Unidade Democrática, que reúne vários grupos de oposição de direita.
A decisão da oposição fez com que o Conselho Nacional Eleitoral estendesse por mais 24 horas o prazo para inscrição de candidatos, visando garantir o maior número de participações. As eleições de novembro definirão 3.082 cargos públicos entre governadores, alcades (prefeitos), conselheiros legislativos e conselheiros municipais.  
O presidente Nicolás Maduro saudou a decisão da oposição em participar das eleições, deixando claro que este espaço sempre esteve aberto e que era a oposição que se recusava a disputar. Conclamou os bolivarianos, chavistas e apoiadores a fazer a sua parte, participando da campanha e elegendo os candidatos que estão com o governo. 
Nunca é demais lembrar que foram esses setores ligados à chamada Mesa de Unidade os que no passado recente apostaram na violência, na desestabilização e pediram aos Estados Unidos que aplicassem sanções a Venezuela. O governo espera que agora eles também atuem no sentido de garantir que sejam devolvidos os recursos roubados pelos bancos internacionais e que sejam levantadas as sanções, visto que provavelmente algum cargo deverão assumir.  
Esta não é a primeira vez que o governo venezuelano se dispõe a conversar com a oposição, sendo esta a que se retira e desiste dos acordos. Isso mostra que o governo não está fechado a qualquer disputa, quer apenas que se dê no terreno da democracia participativa que vige no país. 
 

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