O que ler para entender o Brasil: inscrições abertas

A  sociedade brasileira está submetida a intenso conflito político com enorme fundamentação ideológica para a qual as classes populares não possuem qualquer formação necessária para defender seus interesses imediatos tanto no terreno material quanto no terreno da disputa cultural. Ademais, o intenso processo de internacionalização da economia e a emergência do capitalismo dependente rentístico, operou profunda transnacionalização da cultura nacional a partir de parâmetros e conteúdos emanados dos países centrais, especialmente dos Estados Unidos. Há, de fato, uma disputa cultural em curso comandada por um projeto de alienação permanente da cultura nacional e da notável contribuição da intelectualidade brasileira que segue sendo desconhecida tanto do grande público quanto dos círculos universitários que, sob a condução dos últimos governos, ignoram completamente a inteligência nacional como se ela de fato não existisse. De resto, não há possibilidade alguma de dominar ou participar da disputa cultural em curso sem um profundo mergulho na história nacional a partir de autores condenados pela morte da memória nacional decretada tanto pelo estado quanto pelos poderosos meios de comunicação e intercambio acadêmico dos países centrais.
Os países dependentes e periféricos estão submetidos ao domínio cultural dos países imperialistas, razão pela qual desconhecem não somente sua história como também as enormes contribuições intelectuais produzidas por pensadores nacionais. Ademais, em função do padrão de trabalho acadêmico produzido nas universidades brasileiras, os intelectuais que ganham reconhecimento são invariavelmente acadêmicos “expatriados”, ou seja, não possuem raízes no pensamento nacional e, em consequência, terminam como mero repetidores de duvidosa qualidade de autores europeus e estadunidenses sem relação orgânica com os problemas da vida de milhões de brasileiros e escassa conexão com a cultura nacional. O curso O que ler para entender o Brasil responde precisamente a necessidade de recuperar autores até então rejeitados e/ou completamente desconhecidos pelo academicismo dominante. Eles constituem uma representação vigorosa do pensamento social brasileiro que abriga autores marxistas e não marxistas de importância crucial para interpretar o Brasil. 
O curso é destinado ao grande público; portanto, pode ser frequentado por universitários, professores, e também por trabalhadores sem qualquer educação universitária, bem como jovens com idade superior a 14 anos. 
Serão doze aulas, uma quinta-feira por mês, com duração de 4 horas, sempre a partir das 19 horas. A data de início ainda está sendo definida, mas as inscrições já estão abertas e vão até o dia 15 de julho. Não perca o prazo porque depois não dá mais para incluir…
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