O que ler para entender o Brasil – O Brasil Imperial – Aula 3
Texto: IELA
cena de Cidadão Kane , de Orson Welles
Ciro Gomes e Mangabeira Unger têm, para além da aparência, muitas afinidades com a sociologia cipaia de FHC, que se dizia marxista e foi encarada por muita gente como tal, como se fosse contra e não a favor do imperialismo.
É realmente um espanto a inversão semântica que engambelou meio mundo nas ciências sociais: um homem de direita é considerado de esquerda.
Enganou muita gente que sabia das coisas como Florestan Fernandes.
Celso Furtado, dizia Gunder Frank em meados dos anos 60, preferia o subdesenvolvimento à revolução socialista. Isso foi dito antes de Celso Furtado embarcar no bonde clientelístico de José Sarney e, como ministro da cultura, indispor-se com a Virgem Maria de Jean Luc Godard.
Do Cebrap Francisco de Oliveira lançou flores para Celso Furtado, sobrando os espinhos para Darcy Ribeiro e Leonel Brizola.
O motor da história passou a ser o Supremo Tribunal Federal telenovelizado com vaidades bonecosas e subparnasianas. O neologismo petucano é a fusão de duas atitudes diversas mas não adversas. Nesse hibridismo linguístico, a revolução socialista é pior do que a decadência capitalista.
