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Vinte anos de prisão para quem atira pedras

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Por IELA em 07 de junho de 2015

Vinte anos de prisão para quem atira pedras

Não bastasse toda a política de invasão de terras, sequestros, assassinatos e desaparições, agora o estado sionista de Israel quer encarcerar qualquer pessoa – palestina, é claro – que atire pedras contra soldados. A proposta veio do conselho de ministros israelense e tem a intenção de penalizar com 20 anos de reclusão os palestinos – mesmo as crianças  – que ousarem se defender das investidas dos soldados. 
A ideia foi apresentada na mesma onda de repressão que levou a ministra de Assuntos Judiciais, a ultra direitista Ayelet Shaked, a defender a mudança das leis atuais exigindo que a prisão aconteça sem que seja necessário provar que os acusados estejam querendo causar algum dano às forças policiais. Ela insiste que não se deve amolecer com os palestinos e que qualquer um que jogue pedras deve ser encarcerado por mais tempo.
Pelas leis atuais, o tempo de prisão para quem joga pedra sem causar ferimentos aos soldados é de apenas três meses, considerado pouco pela ministra.  
Atualmente, segundo dados oficiais do governo de Israel, estão encarcerados 6.500 palestinos, entre eles 20 mulheres e 230 crianças. São 22 prisões oficiais e as condições são precárias. A maioria desses prisioneiros estão em “prisão administrativa”, um nome esterilizado para uma ação que prescinde de julgamento e que não respeita os direitos humanos.   
É bom lembrar que na última ofensiva de massa de Isrtel feita sobre a Faixa de Gaza, em 2014, foram assassinados 2.310 civis. Esse número não é bastante para a ministra Shaked que tem declarado a necessidade de exterminar o povo palestino, inclusive com a declaração de que é preciso matar as mães palestinas porque elas dariam à luz a “pequenas serpentes”. 

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