A luta pela redução da jornada de trabalho
Texto: Nildo Domingos Ouriques
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A história do rádio começa no final do 1800, com as primeiras experiências do brasileiro Landell de Moura (1892) e do italiano Guglielmo Marconi (1894), realizando a transmissão de mensagens sem o uso do fio. Marconi patenteou seu invento na Inglaterra em 1896 e Landell de Moura em 1900. Assim, foi o italiano quem acabou sendo considerado o inventor dessa fantástica forma de comunicar à distância.
Várias transmissões começaram a ser realizadas desde os Estados Unidos e França. E, em 1916, é nos Estados Unidos que nasce o primeiro jornal falado. A partir daí o invento começa a tomar corpo e outras experiências são realizadas nos países da Europa. A primeira rádio comercial do mundo é a WEAF, fundada em Nova Iorque, no ano de 1922, pela Telephone and Telegraph Company.
E é também no ano de 1922 que Cuba funda sua primeira rádio, sendo o primeiro país latino-americano a ter a sua emissora, pari passu com o vizinho do norte, também com a tecnologia da Telephone and Telegraph Company. No mês de outubro, o músico Luis Casas Romero inaugura as transmissões da “Rádio Cubana”, com o discurso do então presidente, Alfredo Zayas. Naqueles dias, as ligações com os Estados Unidos eram bem próximas e o rádio acabou se difundindo.
Até os anos 50 as emissoras seguiam a lógica do padrão comercial e pertenciam de corpo e alma à classe alta, que dominava a política. E é só no ano de 1958 que, desde a Sierra Maestra, com a luta revolucionária, que nasce a emissora que viria a ser um ícone na batalha pela liberdade: a Rádio Rebelde, criada por Che Guevara, que incendiou a vida naqueles dias de duras batalhas, levando informação e esperança. Sabedor da potência revolucionária do veículo Che incentivou a criação de novas emissoras e ao final de 1959, depois do triunfo da revolução, já havia 156 rádios atuando no país.
O resto é história.
O fato é que, mesmo com as novas tecnologias avançando no campo da comunicação, o rádio ainda é um veículo muito importante na ilha caribenha, garantindo informação livre a todos os cubanos e combatendo a propaganda capitalista que chega também pelas ondas do rádio, com as emissoras contrarrevolucionárias que transmitem desde Miami.
Por isso, considerando a importância que o rádio ainda desfruta em Cuba, nesse mês de agosto foram realizadas muitas festividades e homenagens lembrando a primeira emissora criada, a Rádio Cubana, e do esforço que fazem os jornalistas cubanos para, desde então, transmitir a boa informação ao povo. Assim, nesse dia 22 de agosto, que marca a primeira transmissão feita em Cuba a Associação Cubana das Nações Unidas realizou um ato de homenagens na Basílica Menor do Convento de São Francisco de Assis, quando foram entregues os Prêmios Nacionais do Rádio 2017. Receberam a honraria o jornalista Arnaldo Coro Antich, o escritor Fabio Bosch Hernández e o diretor de programas Guillermo Vilar Alvarez.
A Associação Cubana das Nações Unidas foi fundada há 70 anos e sempre celebra no dia 13 de fevereiro o Dia Mundial do Rádio, bem como no 22 de agosto, o Dia da Rádio Cubana. Nesse dia, além de premiar profissionais do rádio, a associação lembra da permanente agressão radiofônica e televisiva dos Estados Unidos contra Cuba, iniciada desde o triunfo da Revolução em 1959, e que se mantém até os dias de hoje com a ação da Rádio e Televisão Martí, que transmite desde os Estados Unidos.
Assim que o dia 22 de agosto é de celebrações, protesto e afirmação da luta dos cubanos contra a política imperial dos Estados Unidos.
Com informações do jornalista Pedro Martínez.
Texto: Nildo Domingos Ouriques
Texto: Gilberto Felisberto Vasconcellos
Texto: IELA