Oesterheld e O Eternauta: a dupla pertinência no enfrentamento ao império
Texto: Roberto Baschetti - historiador - Argentina
Aguarde, carregando...
Montevideo, Junio 7 de 2015
“Con tu puedo y con mi quieroVamos juntos compañero”.Mario Benedetti.
Reunidos no II Fórum pela Paz na Colômbia: 120 organizações e movimentos sociais e políticos, mais de 800 cidadãos e cidadãs latino-americanas, exiliados/as da irmã Colômbia, acadêmicos/as e intelectuais, artistas, parlamentares, lutadores/as sociais e populares, trabalhadores/as urbanos, camponeses/as, indígenas, afrodescendentes, mulheres, comunidade LGBTI, jovens e estudantes, da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Chile, México,Paraguai, País Vasco, Uruguai e Venezuela, declaramos unanimemente nosso compromiso com a vida e a democracia, valores que esperamos superem os desastres da guerra e a muerte.
Em cumprimento desse ideário expressado tmabém nas bases constitutivas da Unasur e da Celac, que defendem a paz como imperativo ético, com o qual se pretende avançar na integração regional, constituindo a América latina como uma região de paz, democrática e com justiça social, declaramos:
Que nos encontramos em Montevidéu, uma diversidade de pensamentos e de projetos coletivos em um ambiente solidário, reflexivo, esperançoso e deliberativo em busca da paz com justiça social para Colômbia e todo o nosso continente; abraçados pelo povo uruguaio e suas mais representativas expressões organizativas, que nos permitiram pisar nas rus que têm gravadas as pedagas inapagáveis do General Artigas, Benedetti, Galeano, Liber Arce e de todo o o heroico povo uruguaio; fazendo-nos sentir com todas as forças os ventos de mudança de época e as vozes por independência que recorrem todos os territorios de Nuestra América.
Que estamos convencidos do triunfo dos processo sociais e políticos anti-neoliberais que proliferam em nosso continente, que vêm marchando com obstáculos, mas sem pausa, permitindo o começo do fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra a maior das Antillas, nossa querida República de Cuba. Também manifestamos nosso rotundo rechaço a toda estratégia de desestabilização do legítimo governo dda nossa irmã República Bolivariana da Venezuela e particularmente contra o decreto Obama.
Reivindicamos sem titubeios que as Malvinas são Argentinas e de nossa América. Em geral, fazemos oposição a todoa forma de intervenção militarista em qualquer país da América Latina, razão pela qual exigimos a retirada das bases militares estadunidenses e europeias na região que é ponta de lança contra a soberania de Colombia, Paraguai, Honduras, Argentina e toda Nossa América.
Que para transitar até um continente livre do militarismo deve ser superado o longo conflito social e armado colombiano, que já deixou milhões de vítimas, homens e mulheres em situação de desocupação forçada, desaparecidos/as, assassinados/as, exilados/as, prisioneiros/as políticos/as. E para isso, é necessário o desmonte real dos grupos paramilitares e dos obstáculos militaristas que constituem um dos principais obstáculos para a implantação dos possíveis acordos de paz.
A sociedade colombiana tem no processo de paz uma oportunidade histórica para concretizar a sua vontade de justiça social, democracia e soberania, com as quais as gerações do futuro poderão crescer, expressar-se livremente e viver dignamente. Por isso, respaldamos totalmente os diálogos de paz que se realizam em La Habana entre o governo dirigido pelo presidente Juan Manuel Santos e as Forzas Armadas Revolucionárias de Colômbia-FARC-EP, entendendo que existe a vontade popular de Colômbia e Nossa América para conquistá-la.
Nesse sentido, entendemos que para lograr uma paz estável e duradoura também é necessária a abertura do diálogo efetivo com as insurgências armadas do Exército de Libertação Nacional-ELN eo Exército Popular de Libertação-EPL.
Respaldamos a declaração dos países que estão garantiindo o processo de paz: Noruega e Cuba, na qual afirmam a necessidade de um imediato cessar fogo bilateral, permitindo que o diálogo e a palavra primem sobre o estrondoso ruído de guerra. Isso gerará um ambiente de confiança para que a sociedade colombiana e as partes caminhem com mais força para um acordo de paz estável e duradouro.
Em consequência, entendemos que o único caminho possível é a unidade do povo colombiano. Com alegria reconhecemos e saudamos os avanços e acúmulos de iniciativas como a Frente Ampla pela Paz com Justiça Social, a Cumbre Agrária: camponesa, étnica e popular, e outros processos de convergências; para estas e para todo o povo colombiano, pedimos o respeito pelos seus direitos humanos e a ação plena do exercício político, sem que sejam intimidados/as, ajuizados/as ou ameaçados/as.
Solicitamos garantias políticas e humanitárias para as eleições locais e departamentais em outubro de 2015, frente as quais esperamos contribuir na construção de uma missão de observação eleitoral que acompanha as diferentes regiões do país.
Nesse sentido, também solitamos a suspensão ds detenções arbitrárias de dirigentes sociais, as montagens judiciais, a criminalização do protesto social. Propomos mais uma vez uma visita de observação sobre a situação dos/as prisioneiros/as políticos/as , para contribuir com a garantia de condições dignas nos cárceres da Colômbia. Mas, sobretudo, somos solidários com a exigência de liberdade para os quase 10.000 prisioneros/as políticos/as no país.
Que recebemos com esperança a realização do I Foro Parlamentario por la Paz de Colombia, o que permitiu a constituição de uma rede de parlamentares pela paz na Colômbia.
Coerente com o anterior, porpomos criar diversas redes de trabalhadores/as, de comunidades agrárias (camponesas e étnicas), de defensores/as dos direitos humanos, de jovens e estudantes, de artistas e intelectuais e de mulheeres. Desde as quais possamos assumir a difusão e o acompanhamento da luta pela paz com justiça social na Colômbia; organizar visitar de solidaridade a Colômbia; coordenar encontros e foruns por setores; assumir a campanha “Eu te nomeio Liberdade” e outras campanhas que fortaleçam e dinamizem essas lutas.
Assumimos a revisão cuidadosa de todas as propostas realizadas ao longo desse II Fórum pela paz na Colômbia para que possamos materializar-las. Nos comprometemos em conformar uma delegação que leve essas conclusões para a mesa de negociação em Habana.
E, finalmente, nos comprometemos, desde agora, a organizar e participar de uma terceira versão desse fórum .
Somos todos e todas Colômbia, estamos no caminho da Unidade Latino-Americana continuando a tradição artiguista, san martiniana, martiana e bolivariana.
Somos mais, pela em Colômbia com justiça social, democracia e soberania, por uma Latino- América livre do militarismo e onde se respeitem efetivamente os direitos humanos.
Vamos juntos companheiros e companheiras.
Texto: Roberto Baschetti - historiador - Argentina
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Elaine Tavares
Texto: Julio Gambina - Argentina
Texto: IELA