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América Latina é reserva estratégica dos EUA

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Por IELA em 15 de janeiro de 2015

América Latina é reserva estratégica dos EUA

07.06.2009 – O primeiro conferencista das Jornadas Bolivarianas foi o mexicano John Saxe-Fernandez. Ele insistiu que este é um momento muito importante para a América Latina e que agora é o momento de decidirmos se vamos ser atores do processo que está em curso ou se seguiremos como espectadores. Insistiu na necessidade de mudar os conceitos e não se falar mais na América Latina como um pátio dos EUA, “isso é muito folclórico. Há que dizer o que realmente é: uma reserva estratégica de energia, de minério, de água, de riquezas”. Saxe-Fernández ainda ressaltou que este é um tempo de guerra de classes, não só na América Latina mas inclusive no interior dos Estados Unidos.
Sobre a crise, disse que é uma crise do sistema que se confronta com novidades como a propota do socialismo bolivariano na América Latina. Por isso, acrescenta, à ela se impõe uma nova consciência, uma nova práxis e a noção da noção da necessidade de grandes coalizões populares para um desenvolvimento socialmente sustentado. “Mas isso não é coisa que virá de iluminados, e sim da praxis social. É a partir daí que vamos resgatar as utopias e criar algo novo e melhor”.
John afirma que o novo tempo necessita de uma nova relação com a natureza pois não dá para pensar em desenvovimento da sociedade enquanto só se queimar combustíveis fósseis. Há que usar também a sabedoria ancestral da sabedoria indígena, solapada a 500 anos. “Temos que buscar uma sociedade ecosocialista alternativa, mas sempre a partir da experiencia dos movimentos sociais”.
Sobre os Estados Unidos acredita que vive uma decadencia no campo econômico e isso ainda não se fala muito. Eles necessitam de uma nova transição mas não há podem fazer com uma guerra tal como fizeram na segunda. “Já há uma matança brutal no Iraque, no Afeganistão, no Irã, não daria para iniciar um terceiro conflito mundial”. Segundo ele, esta é a hora de buscar respostas de sobrevivência, desenvolver desvinculações monetarias, comerciais e de segurança. Existem concretas mudanças de estrutura de poder. Essa é uma hora histórica. Segundo ele, a América Latina não pode se deixar usar como reserva estratégica.

John Saxe-Fernández

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