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Bolívia acerta com os professores

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Por IELA em 20 de abril de 2012

Bolívia acerta com os professores
20.04.2012  – O governo boliviano criou uma comissão para negociar as demandas dos professores que estavam em greve desde há uma semana, realizando marchas e manifestações por todo o país. Essa proposta colocou fim ao movimento e os docentes decidiram voltar às aulas esperando que as reivindicações sejam atendidas. Será montada uma mesa tripartite, com a participação do governo, professores urbanos e professores rurais para que possa ser definido o valor dos salários e um plano de nivelação.
Por outro lado a movimentação dos médicos que se arrasta por duas semanas ainda não teve um ponto final. No mesmo dia em que fechavam acordo com os professores, as autoridades do governo boliviano iniciavam uma rodada de conversas com os dirigentes do Colégio Médico, embora sem qualquer fechamento de acordo. Os médicos e trabalhadores da saúde estão em greve contra uma lei que exige o cumprimento de oito horas diárias de trabalho. A luta é para se mantenham as seis horas. Há piquetes, paralisações e greve de fome entre os grevistas e os trabalhadores advertem que não abrirão mão de suas demandas. Querem que o governo recue e aborte o Decreto 1126, que institui as oito horas. Ao mesmo tempo em que conversa com os dirigentes o governo está apertando o cerco afirmando que vai demitir todo e qualquer médico que não comparecer ao trabalho por seis dias seguidos.   
Hoje, começa também uma paralisação de 48 horas, dos trabalhadores dos transportes de La Paz, que também lutam por melhores salários e condições de trabalho. Eles prometem interromper a estada internacional que liga a Bolívia ao Chile, onde passa, inclusive, o abastecimento de gasolina da cidade de La Paz. São dias de muita movimentação no país, nos quais várias categorias apresentam suas reivindicações.
Também estão em negociações os trabalhadores ligados à Central Obrera Boliviana buscando um melhor acordo salarial. Por conta disso muita são as manifestações, não só na capital La Paz, mas em todo o país. O governo propõe 18% no salário mínimo e 7% no salário básico das categorias, mas esse último está sendo rechaçado pelos trabalhadores do setor privado que ameaçam com greve geral.

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