Celia: bússola na tempestade e patamar para o futuro
Texto: Anaisis Hidalgo Rodríguez - Cuba
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Marrocos segue massacrando povo Saharauí
13.11.2010 – Chegam notícias pela rede mundial de computadores sobre mais um ataque do exército de Marrocos ao povo Saharauí. Mais de 4.500 feridos, dois mil presos e dezenas de desaparecidos. A investida foi na cidade de El Aaiún, onde foi praticamente desmantelado o acampamento de Gdeim Ikik, onde viviam milhares de saharauís. As denúncias que se multiplicam na rede são de que os marroquinos seguem fazendo prisões, invadindo tendas, seqüestrando jovens e batendo em famílias inteiras. Os soldados circulam pelos bairros aos gritos de “Viva o Rei”, e “o sahara é marroquino”.
Há informações de que o exército tem roubado veículos da gente saharauí e colocado fogo em todos eles, assim como buscam aprisionar qualquer pessoa que esteja identificada com os direitos humanos, mesmo que não participe das intifadas. Aqueles que são presos – e o número já passa das duas mil pessoas – ainda sofrem torturas brutais. Muitos dos que foram feridos precisam permanecer dentro das suas casas, sob pena de serem presos, e isso pode colocar em risco a vida de muita gente. Alguns morrem antes de conseguir chegar a um hospital.
Testemunhas contam que ainda existem muitos cadáveres jogados próximos ao acampamento de Gdeim Ikik e a gente saharauí está tendo muita dificuldade em buscar seus mortos e feridos, uma vez que a cidade está sob estado de sítio. Um cidadão espanhol foi morto no ataque, o que está provocando bastante comoção naquelas terras da Europa.
O ministério dos territórios ocupados saharauí informa ainda que na cidade de Smara, aconteceram algumas manifestações, protagonizadas pelos estudantes de segundo grau, em solidariedade ao povo saharauí. Houve confronto com a polícia e o governo marroquino suspendeu as aulas até o dia 19 de novembro.
Ativistas estrangeiros que permanecem em Aaiún insistem que a situação na cidade é muito grave e denunciam que o que acontece naquele espaço esquecido do mundo é um genocídio promovido pelas forças do rei Mohamed VI, do Marrocos.
Depois do ataque que deixou a cidade no caos, segue a ocupação militar e não há água para beber. Vários jornalistas espanhóis foram expulsos do território e há um bloqueio informativo sobre o que acontece na região.
O povo saharauí luta pela autonomia no seu território ancestral desde 1976, quando proclamou a república, depois de ter sido entregue pelos espanhóis ao Marrocos e Mauritânia. O Marrocos nunca reconheceu a república Saharauí e desde essa época tem enviado colonos para as terras do Sahara ocidental, promovendo conflitos, massacres e violências de toda ordem.
Saiba mais : http://www.iela.ufsc.br/index.php?page=latino_americano_artigo&id=1484
Texto: Anaisis Hidalgo Rodríguez - Cuba
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