Operação Águia – Aliança para o Progresso (E 10)
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
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Um dos maiores crimes da humanidade
Hiroshima relembrou nesta quinta-feira (5), o horror que significou o ataque que sofreu por parte dos Estados Unidos da América (EUA), quando uma bomba atômica foi jogada nesta cidade japonesa há 65 anos, e na qual morreram cerca de 120 mil pessoas e mais de 300 mil ficaram feridas, e resultou no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Mais de 55 mil pessoas se concentraram no Parque da Paz, na cidade de Hiroshima, para oferecer um tributo a todas as pessoas que foram vítimas das ordens da Casa Branca, a cargo do então presidente Harry Truman, que decidiu enviar um avião bombardeiro B-29 (Enola Gay).
Às 8h15 hora local (23h15 GMT), a mesma na qual o avião norte-americano lançou a bomba fatal, se manteve um silêncio geral entre os presentes nessa cidade, que à época, contava com 350 mil habitantes, de acordo com a agência local Kyodo.
A bomba de três metros de largura e quatro toneladas de peso, batizada como Little Boy (pequeno menino), explodiu a uns 600 metros de altura, destruindo mais de 65 mil edifícios, casas e hospitais.
O efeito da arma letal foi tão poderoso que cerca de 80 mil pessoas se evaporaram instantaneamente, dos 300 médicos que haviam na época, 60 morreram e outros 210 apresentaram lesões. Centros assistenciais e 18 hospitais desapareceram. Aproximadamente 110 mil pessoas, entre crianças, mulheres e homens, foram morrendo em pouco tempo pelos efeitos da explosão.
Sem se importar com o massacre deste terrível 6 de agosto, o Pentágono ordenou, três dias depois, o lançamento de uma segunda bomba, desta vez de plutônio, sobre a cidade de Nagasaki, ocasionando a morte de outras 74 mil pessoas.
Essas ações norte-americanas tinham como finalidade convencer o mundo de que os EUA era a única potência política e militar com predomínio internacional. Durante a cerimônia que celebra as vítimas de 65 anos, pela primeira vez, participa um funcionário estadunidense e um secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
O embaixador dos Estados Unidos no Japão, John Ross, e o secretário geral da ONU, Ban ki-Moon, participaram dos atos em memória aos mortos da guerra, assim como representantes do Reino Unido, França e diplomáticos de outros 70 países.
O prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Aliba, aproveitou para exigir ao Governo do Japão, que abandone “o guarda-chuva nuclear” dos EUA, após a Segunda Guerra Mundial. “Isso representa uma obrigação, por ser o Japão o único país que sofreu o ataque de uma bomba atômica e para que ninguém mais sofra como nós”, e acrescentou que “Hiroshima era um inferno onde os que conseguiram sobreviver invejavam os mortos”.
O dirigente da Aliança de Hiroshima pela Abolição das Armas Nucleares, Haruko Moritaki, questionou a presença do embaixador Ross por considerá-la “tardia” e relembrou que os EUA são os únicos que jogaram bombas nucleares e ainda as possuem. De acordo com um comunicado emitido pelo escritório diplomático do país em Tóquio, o embaixador estadunidense assistiu “para expressar respeito por todas as vítimas da II Guerra Mundial”.
Ele também disse que seu país tem um suposto “compromisso” para eliminar as armas atômicas, enquanto os EUA seguem sendo o único país responsável pelo massacre em Hiroshima e Nagasaki, e ainda abriga armas atômicas.
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
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