A construção do consenso securitário neoliberal no Brasil
Texto: João Gaspar/ IELA
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Globo: a gente não se vê por aqui!
03/10/2007
No dia 5 de outubro, quinta-feira, em todo o país acontecem ativiades de discussão e protesto em função do término do prazo de concessão das maiores redes de comunicação brasileiras, tais como a Globo, a Record e a CNT/Gazeta. Por conta disso, a Coordenadoria Nacional de Articulação dos Quilombolas Rurais, em conjunto com outros movimentos sociais está construindo, um Dia Nacional de Repúdio à Emissora Rede Globo de Televisão, que acaba sendo o centro dos protestos em função da sua penetração em praticamente 100% do território nacional e também por conta da forma como divulga os acontecimentos protagonizados pelos movimentos sociais.
No mais das vezes, a Rede Globo, assim como as demais redes, trabalha dentro da lógica de criminalização do movimento popular, sempre tratando como “baderna”, “confusão” ou “crime” toda e qualquer ação reivindicatória que junte entidades, sindicatos, movimentos. A rede Globo, é bom que sempre se lembre, nasceu durante a ditadura militar e teve muitas benesses. Hoje as organizações de Roberto Marinho retêm o maior conglomerado de mídia da América Latina, perdendo apenas para a Corporation, de Rudolph Murdoch e se há alguma coisa que não aparece na sua telinha é o povo brasileiro.
Por conta disso, e principalmente pelo fato de as concessões serem renovadas de forma automática, os movimentos sociais estão propondo a campanha “Globo, a gente não se vê por aqui”, para oficializar o dia 05 de outubro que deve ser marcado por protestos, indignações e lutas pela democratização da comunicação no país.
Na cidade de Florianópolis também haverá mobilização com o objetivo de fazer com que as pessoas despertem as consciências e passem a questionar a utilização dos meios públicos, como o rádio e a TV. Assembléias públicas, protestos em frente às emissoras, boicote, colagens, panfletagens e transmissões com exibições de debates sobre as concessões públicas de Rádio e TV na TV Floripa (TV Comunitária de Florianópolis, a partir das 18h) farão parte das atividades.
Monopólio é Crime!
Você sabia que nenhum canal poderia usar mais de 25% do seu tempo com publicidade comercial, mas que se você ligar a TV achará verdadeiros supermercados eletrônicos? Você sabia que há rádios comerciais com outorgas vencidas há 17 anos? Você sabia que, pela Constituição, deputados e senadores não poderiam ser donos ou diretores de emissoras de rádio ou TV? Tudo isso é lei, mas infelizmente não há controle público nem fiscalização. Freqüentes são as irregularidades no uso e posse das concessões de rádio e TV, que se utilizam da apropriação indevida do espaço público pertencente à União, ou seja, a todo o povo. São os mesmos interesses econômicos e políticos que margeiam e manipulam as instituições da comunicação.
Neste dia 5 de outubro vencem concessões de televisão e rádio em todo o Brasil, entre elas, “coincidentemente” emissoras próprias e afiliadas da Rede Globo, Bandeirantes, Record e CNT/Gazeta. A participação da sociedade neste debate é fundamental para que não somente se cumpra a lei como também se destruam os monopólios e oligopólios que se sustentam desde a ditadura, tornando impossível o exercício da democracia participativa.
Programação do dia em Florianópolis:
Das 10h às 17h – Instalação na Esquina Democrática com panfletagens, colagens e convocações para o boicote.
18h – Acontece a Invasão na TV Floripa pelo Esquadrão Sarcástico que tomará de assalto a emissora para denunciar os crimes de monopólio das mídias corporativas.
19h – Bloqueio ao acesso às emissoras com intensa manifestação popular de movimentos sociais e associações culturais.
Texto: João Gaspar/ IELA
Texto: Itamá do Nascimento
Texto: Rafael Cuevas Molina - Presidente AUNA-Costa Rica
Texto: Anaisis Hidalgo Rodríguez - Cuba
Texto: IELA