História e Pensamento Militar
Texto: IELA
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Cena de filme de Glauber Rocha: Terra em Transe
Estudioso das Forças Armadas no período pós-64, Piero Leirner maneja o conceito de guerra híbrida pelos signos enganadores e pelas pistas que despistam.
Foi incisivo sobre a operação militar na qual o ex-capitão teria sido engendrado nos computadores made in USA, fato esse que passou despercebido nos partidos políticos, nos sindicatos, no Itamaraty e nas universidades.
Muita coisa é um nevoeiro de enigmas e de quebra-cabeças; todavia há que se reconhecer que uma chapa militar consagrou-se pelo voto em meio às mutretas judiciárias e policiais do governicho Michel Temer.
Nunca na história do Brasil aconteceu algo semelhante desde Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. O único militar que tentou ser eleito no campo progressista foi o marechal Henrique Lott. Debalde.
Quem logrou êxito foi o reacionário marechal Eurico Gaspar Dutra, eleito de cima para baixo. Tapado e obtuso, Dutra havia sido ministro da Guerra de Getúlio Vargas, diferente do ex-capitão arrumando-se de galho em galho como deputado federal do Rio de Janeiro durante décadas.
Na maré mansa da deputança é que Jair Bolsonaro foi procurado pelos generais integrantes da desafortunada operação subimperialista no Haiti, como diria o mexicano Adrían Sotelo Valencia.
O que intriga é que dentre esses generais, bolsonaristas roxos antes mesmo de existir Jair Bolsonaro, nenhum deles se destacou em inteligência e cultura.
Temos a curiosidade em saber quem foi o seu Golbery. Quem teria lançado o capitão? Quem indicou o homem? Fala-se dos discípulos de Silvio Frota, mas quem? O problema desse enredo personalístico, urdido em segredo de caserna, é que desaparece a luta de classes na interpretação da história do Brasil.
Texto: IELA
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Lauro Mattei - Professor/UFSC
Texto: João Gaspar/ IELA