USAID e a falácia da generosidade
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
Aguarde, carregando...
Há nas ciências sociais, desde quando foi publicada a investigação nos EUA sobre a Personalidade Autoritária (1954), de Adorno e Horkheimer, o desafio em analisar a interconexão entre os processos sociais e as estruturas psicológicas.
Mais tarde avulta a noção de “gênero” na psicanálise junto com a de classe que marcou os estudos sobre a mulher na década de 70, alguns dos quais retornando o Etnological Notes de Karl Marx e A Origem da Família e da Propriedade de Engels. Neles sobressaíam a questão do direito materno e a história da opressão da mulher, dentro e fora da família.
Nas últimas décadas explodiu de maneira dramática a violência física e verbal contra o gênero feminino que está a exigir explicação das ciências sociais. E, nesse aspecto, há que se valer da contribuição de nossos autores, alguns antigos como Pandiá Calógeras e modernos como Darcy Ribeiro, no que concerne ao papel da mãe em uma sociedade patriarcal e de passado escravocrata.
Diga-se da mãe sinônimo de mulher em geral, incluindo o que é mentalizado na cultura popular, e se teria havido uma espécie de mutação na estrutura familiar, violência não só da parte do marido, e sim do filho e da filha. Estou me referindo à matança da mãe, real e simbólica. Impõe-se aqui fazer um recorte cronológico, ainda que sem demarcar as datas exatas quanto ao processo de desqualificação da mulher.
Uma vez mapeado o problema sobre as causas do matricídio, lança-se a hipótese do nexo entre tal fenômeno e a emergência de Jair Bolsonaro. Com isso amplia-se a compreensão de sua vitória eleitoral (2018), indo além dos fatores apontados pela crónica jornalística.
Em uma de suas cartas a Karl Marx, Friedrich Engels escreveu que Charles Fourier antecipou Lewis Henry Morgan acerca da equidade dos sexos, mencionando “matertarae filia”, patrimonium = poder patriarcal, inclusive a importância do nascimento das crianças.
O progresso da família é medido pela liberdade da mulher. Etnological Notes. De 1880 a 1980 Marx reviu toda a etnologia publicada até então. Morreu um ano depois em 1983. Teve a sorte de nunca ter ouvido falar no machildo bolsoneco Arthur Lira que governa o Brasil de Lula.
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
Texto: Elaine Tavares
Texto: Rosa Miriam Elizalde
Texto: IELA
Texto: IELA
Texto: IELA