Jornalismo ambiental: totalizar resíduos
Texto: Miriam Santini de Abreu - jornalista, mestre em Geografia e doutora em Jornalismo
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Por Maria Eduarda Furlanetto - estagiária de Jornalismo em 06 de outubro de 2025
Foto: Conaie
O presidente equatoriano, Daniel Naboa, assinou, neste sábado (04), o Decreto Executivo 174, declarando estado de emergência em dez províncias. Durante o período de vigência da medida, que é de 60 dias, os povos mobilizados dessas dez províncias perdem o direito à reunião. A Polícia e as Forças Armadas podem intervir em casos de aglomeração.
Segundo o decreto presidencial, a medida é uma resposta aos atos de violência gerados pela greve e ao fechamento de estradas. A greve nacional foi convocada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) em 21 de setembro. Nas redes sociais, o movimento se posicionou contra a decisão de Naboa, alegando que é uma resolução autoritária para silenciar e reprimir o povo.
“No lugar de atender as demandas sociais, o Governo responde com mais repressão e criminalização do movimento indígena e social, amparado em discursos de ódio, racismo e manipulação midiática”, declara a CONAIE.
Reprodução do comunicado da CONAIE nas redes sociais após o Decreto 174
Desde 30 de setembro, a CONAIE já denunciava a utilização de armas letais e a repreensão contra os participantes que exercem seu direito de resistência. As acusações foram enviadas para o presidente Naboa, e aos ministros da Defesa, Interior e Governo. O documento também demanda por esclarecimentos pelo assassinato de Efraín Fuerez, ocorrido na madrugada de 28 de setembro pelas Forças Armadas.
Nesta sexta (03), o CONAIE acusou novamente, através das redes sociais, o uso de armas letais pela polícia durante as manifestações. A repressão foi contra os Warankas, grupo indígena Kichwa, na cidade equatoriana de Guaranda. Segundo a CONAI, as autoridades dispararam contra o rosto dos participantes do Paro Nacional Indígena, deixando diversos feridos.
Forças militares e policiais reprimem manifestantes na cidade de Guaranda. Imagens: Conaie Ecuador
“Protestar não é crime, é dignidade na luta. Esta é a face de um governo que reprime o povo em vez de ouvir suas reivindicações”, defende a CONAIE, em publicação no Facebook. Entre as motivações da paralisação está o Decreto Executivo 126, que elimina o subsídio do diesel e representa um aumento do custo de vida, e a convocação de uma nova Assembleia Constituinte. O decreto, proposto pelo presidente do Equador Daniel Naboa, tinha o objetivo de reformar a Constituição.
Texto: Miriam Santini de Abreu - jornalista, mestre em Geografia e doutora em Jornalismo
Texto: Elaine Tavares
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Texto: Maria Eduarda Furlanetto - estagiária de Jornalismo