História e Pensamento Militar
Texto: IELA
Aguarde, carregando...
Imagens: do Twitter de Oriol Sabata
Ontem foi um dia quente na Argentina. Mesmo com as ameaças proferidas em rede nacional pela ministra do Capital Humano, prometendo cortar benefícios e atuar com prisão aos que parassem as ruas, milhares de argentinos saíram em protestos neste dia 20 de dezembro. Houve marchas e embates com a polícia, mas houve também uma resposta dura por parte do governo. No mesmo dia em que a população decidiu se manifestar o presidente Javier Milei, cumprindo com suas promessas de campanha e visando responder à altura os protestos, também foi à televisão anunciar um megadecreto nominado como “de necessidade e urgência”.
Com este decreto o presidente argentino elimina ou modifica mais de 300 leis. Entre elas a que desregulamenta o comercio interior e exterior, igualmente torna sem efeito a lei dos aluguéis, corta direitos trabalhistas, acaba com o direito de greve e dá os primeiros passos na direção da privatização de empresas públicas e clubes de futebol. Foi um discurso de 15 minutos no qual Milei se referiu aos governos passados como “governos de fracasso”, apontando que agora sim começa a reconstrução da Argentina. Sobre o corte de direitos disse que isso levará a modernização do país e criará mais postos de trabalho (?). Ou seja, a mesma velha receita neoliberal, já fracassada.
Poucos minutos depois do anúncio do megadecreto manifestações espontâneas da população começaram a pulular em panelaços e marchas contra as medidas que obviamente mexem apenas na vida dos trabalhadores, com grandes concessões ao mercado.
Ainda assim, Milei se fez surdo aos protestos e já anunciou que enviará um pacote de leis ao Congresso nas quais aprofundará as reformas. Serão anos de luta.
Texto: IELA
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Lauro Mattei - Professor/UFSC
Texto: João Gaspar/ IELA