História e Pensamento Militar
Texto: IELA
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A cidade de El Alto, na Bolívia, é um lugar onde se respira história o tempo todo. Foi ali que pararam os exércitos de Tupac Catari, no famoso cerco a La Paz, que só não foi vencedor por conta da covardia dos criollos. Hoje, é ali que vivem milhares de pessoas, oriundas principalmente da zona rural, das comunidades originárias, que, organizadas visceralmente em suas “Juntas de Vecinos”, já foram protagonistas de lutas fundamentais na história do país, tais como a queda do “gringo” Sanchez de Losada em 2004.
E foi ali que o presidente Evo Morales encerrou sua campanha neste dia 03 de dezembro, num comício que reuniu milhares de pessoas. E foi tanta gente que desde as três horas da tarde já estava interrompida a estrada que liga El Alto a La Paz. No discurso, Evo Morales fez questão de lembrar que as mudanças na Bolívia só foram possíveis por conta da ação dos movimentos sociais e das entidades originárias. Mas, também conclamou a classe média a superar o racismo. “Que seja eu um índio, isso não importa. O que importa é que, agora, temos todos, como povo, a nossa dignidade”.
Agora a decisão está na mãos das gentes. Neste domingo, dia 6, é dia de votar para presidente e também para a nova conformação do Senado e Câmara dos Deputados.Segundo pesquisa do instituto Equipos Mori, publicada no dia (2) pelo jornal La Prensa, Evo teria 52,6% dos votos, com uma vantagem de 31,5% sobre o que está em segundo lugar, candidato da extrema-direita, Manfred Reyes Villa (PPB-CN), que tem 21,1%. Na terceira colocação vem empresário Samuel Doria (UN), apontados como direita democrática, com 9,4%.
Ao todo serão mais de cinco milhões de votantes neste domingo, sendo que 160 mil deles estão fora da Bolívia, vivendo atualmente no Brasil, Espanha, Estados Unidos e Argentina, este último com a maior proporção de eleitores aptos a votar.
Texto: IELA
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Lauro Mattei - Professor/UFSC
Texto: João Gaspar/ IELA