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Brizola, Schilling, Edmundo Moniz e Werneck Sodré

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Por IELA em 22 de julho de 2022

Brizola, Schilling, Edmundo Moniz e Werneck Sodré

Imagem retirada do filme “São Paulo, Sociedade Anônima” – Luís Sérgio Person

Em 1945 Leonel Brizola entrou na política em Porto Alegre com a carteira de identidade anticapitalista. Ao contrário de Getúlio Vargas e João Goulart, que se tornaram anti-imperialistas no decurso do tempo e de suas militâncias, Leonel Brizola percebeu que o problema essencial do país era a dependência. 
Paulo Schilling representava Leonel Brizola com seu nacionalismo popular revolucionário. Era anti-imperialista, conforme sublinhou o trotskista Edmundo Moniz, diferente de Mario Pedrosa que, depois de passar pela Quarta Internacional, virou petista. 
O que estava em Leonel Brizola, mostrou Edmundo Moniz, era a formulação segundo a qual não há desenvolvimento (ou melhor, progresso) para o povo sem revolução socialista. E revolução não se faz sem mudar a classe social que está no poder, de modo que a burguesia industrial desenvolvimentista não transava o léxico revolucionário popular brizolista. 
Edmundo Moniz, prefaciado por Nelson Werneck Sodré, filmado por Glauber Rocha, sublinhou a originalidade histórica de cada revolução, e não ficou adstrito à preocupação bizantina se Leonel Brizola leu ou não 18 Brumário de Karl Marx. 
 

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