Centenário de nascimento de Clóvis Moura (1925 – 2015)
Texto: Cristiane Sabino
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Começam as Jornadas Bolivarianas – sétima edição
05.04.2011 – O Instituto de Estudos Latino Americanos abriu ontem a sétima edição das Jornadas Bolivarianas, evento anual que busca trazer para a universidade o pensamento próprio e anti-hegemônico. O presidente Waldir Rampinelli abriu o evento ressaltando ser mais uma edição realizada com o sacrifício da busca de financiamento. Roselane Neckel, do CFH, falou sobre uma recente viagem ao Uruguai onde pode ver os arquivos da ditadura, ressaltando a importância de eventos como esse e de estudar a realidade latino-americana. Ricardo de Oliveira, do CSE, parabenizou a realização das Jornadas e disse que aqui é o espaço do debate e da crítica. Maria de Lourdes Borges, Secretária de Cultura e Arte, falou que estar aqui era uma reabilitação porque ela é considera muito europeizada. Disse que as discussões mais radicais são feitas aqui, no que diz respeito aos universais e isso é importante. “Espero que vocês construam novos conceitos universais latino-americanos”.
Sigval Shaitel, do Sindicato dos Eletricitários, que há vinte anos vem, de maneira pioneira, pautando a questão da cultura aqui na cidade. “Nós mantemos a resistência porque a cultura não é só um instrumento, mas o fundamento para construir um mundo diferente”. Carlos Alberto Justo, vice-reitor da UFSC, lembrou que o Iela está de casa nova, com mais espaço e agora muito mais forte para debater os temas da América Latina. Lembrou também da necessidade da crítica, e que uma universidade sem ela é qualquer coisa, mas não é universidade. “O Iela vem buscando isso, os caminhos para uma sociedade melhor. Temos muito orgulho das Jornadas Bolivarianas”.
Waldir Rampinelli falou da história dos povos antigos e reiterou que o colonialismo buscou destruir a história destes povos, que sempre resistiram, desde os primeiros momentos. Lembrou Bolívar, José Martí, Fidel Castro, Che Guevara e outros que fizeram a luta teórica e prática contra o imperialismo. Homenageou o povo cubano na presença de Fernando Rojas, por toda a ação internacionalista do seu país. Também falou que o imperialismo dissocia os povos de suas raízes culturais e, por isso, precisa ser destruído. “É inaceitável que a bruxa de Cascaes, que sempre encantou a nossa ilha, seja substituída pelos Haloween. Também não se pode aceitar que o Curso de Jornalismo tenha uma cátedra RBS, que defende e pratica o monopólio”.
Depois, o vice-ministro da cultura de Cuba, Fernando Rojas, falou sobre as políticas culturais do seu país e dos problemas que Cuba enfrenta hoje. Segundo ele, apesar das mudanças e ajustes, a cultura segue sendo um dos pilares do governo cubano. Garantir acesso a todos os bens culturais para o povo, tanto da cidade quanto do campo ou da montanha é compromisso que não tem volta.
Nessa terça-feira, pela manhã, foi a vez de Rafael Molina falar sobre a realidade político-cultural da América Central, com informações surpreendentes tais como a construção de um novo conceito de identidade: a identidade transnacional, que vem sendo feita por dirigentes das Nações Unidas.
Hoje à noite a conferencista é Silvia Rivera Cusicanqui, socióloga aymara, que fala sobre o imperialismo na cultura andina.
Texto: Cristiane Sabino
Texto: IELA
Texto: Carlos Figueroa Ibarra
Texto: Elaine Tavares
Texto: Rafael Cuevas Molina - Presidente AUNA-Costa Rica