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Comissário Flávio Dino ou saudades do CIEPS

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Por Gilberto Felisberto Vasconcellos em 27 de abril de 2023

Comissário Flávio Dino ou saudades do CIEPS

O ministro Flávio Dino está diante do seguinte desafio cívico: insurgir-se contra o dízimo evangélico. Aí ele converte-se de ministro burguês em comissário do povo.

O alvo precípuo contra o dízimo é taxar as igrejas que não pagam impostos. Começar por cobrar impostos de persuasão ideológica, ou seja, a trama do mal gosto que é a base da manipulação mental: imposto sobre a personalidade autoritária. Afinal, a personalidade autoritária é o que define a psicologia bolsonarista. Trata-se de uma tara arcaica e ágrafa, cuja sintaxe é a do anacoluto que mistura alhos com bugalhos sem o menor nexo entre a ameaça comunista e a mamadeira de piroca.

Flavio Dino comanda a justiça, sabe pensar e se expressar, conciso, objetivo, viril, iracundo. Não por acaso é originário do Maranhão com o verbo encantatório de Gonçalves Dias, de Antônio Vieira, de Lisboa, de Sousândrade.

O governo Lula, Dino sabe disso, não terá sossego se não desbolsonarizar as Forças Armadas com o objetivo de eliminar os vestígios de Silvio Frota. Junto a isso urge dar uma faxina na língua boçal e facistóide dos evangélicos.

Faço uso da palavra “comissário” na acepção dada por Vladmir Lênin e Leon Trotsky dirigindo a revolução socialista de 1917.
Longa vida ao comissário Flávio Dino.

 

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