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Corte Suprema argentina reitera condenação de Cristina Kirchner

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Por IELA em 11 de junho de 2025

Corte Suprema argentina reitera condenação de Cristina Kirchner

Como já era esperado, a Corte Suprema de Justiça da Argentina ratificou a condenação de Cristina Kirchner, julgada culpada por supostas irregularidades na contratação de 51 obras públicas na província de Santa Cruz. A condenação estabeleceu seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua para qualquer cargo público. A sentença afirma que ela relegou vantagem econômica para a administração pública para seus interesses particulares e considerou que ela comandava um esquema de favorecimento para empresas de Lázaro Baéz, que também recebeu condenação da justiça.

A defesa ainda tentou mostrar que o tribunal não estava julgando com imparcialidade e sim com base em argumentos políticos. Conforme demonstrado nos autos, as obras citadas no processo foram feitas todas com orçamento nacional e votadas pelo Congresso e uma auditoria mostrou que tudo estava correto e que não houve pagamento algum a qualquer obra não realizada. Mas, a corte se negou a sequer ler os argumentos. Agora, com essa sentença não há mais recursos e Cristina deverá cumprir pena num processo que os peronistas nominam de “vingança de classe, um julgamento político”.

A condenação da ex-presidente levantou as massas peronistas que saíram às ruas em protesto. Em poucos minutos já havia uma multidão em frente à sede do Partido Justicialista, onde Cristina esperava o resultado. “Esta Argentina que estamos vivendo não deixa de nos surpreender”, disse ela, acusando os três magistrados da Corte Suprema de responderem a mandantes que estão bem acima deles. Segundo ela, a condenação tem a ver com o fato de que seu governo conseguiu garantir uma redistribuição de renda mais equitativa e que isso nunca será perdoado aos peronistas. Garantindo que estaria firme para cumprir a decisão porque os peronistas não fogem, como faz a direita, ela convocou a militância a se organizar e estar com o povo argentino na luta contra Milei. “Estar presa enquanto os Macri e os Caputo podem caminhar sem que ninguém diga nada é um certificado de dignidade histórica. A história argentina demonstra que os dirigentes políticos que governam para o povo não são perdoados”.

A ex-presidente foi firme e clara: não é hora de chorar. É hora de reorganizar as bases e lutar. Ela não poderá mais ser candidata, mas insiste que o peronismo vai se fortalecer e o tiro sairá pela culatra.

Em seguida de falar com os seus apoiadores na sede do partido, Cristina seguiu para casa, e foi acompanhada pela multidão.

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