El Senhor Galíndez como ‘romance de formação’ – a ‘escola de quadros’ da maquinaria de saqueio capitalista
Texto: André Queiroz
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Foto: Casa Presidencial/ El Salvador
No próximo dia 4 de fevereiro El Salvador vive mais um processo eleitoral para eleição de presidente, vice-presidente e congressistas. Seis milhões e 200 mil pessoas estão aptas a votar. Segundo as pesquisas de opinião, o atual presidente Nayib Bukele muito provavelmente será reeleito, apesar de visivelmente burlar a Constituição. A lei maior do país não permite e reeleição, mas nem Bukele nem a população estão se importando com isso. Ao que parece, muito menos a OEA, useira e vezeira de meter o bedelho em eleições de países como Venezuela, Bolívia ou qualquer outro que se coloque como progressista.
Os números das pesquisas mostram que a vitória de Bukele pode vir já em primeiro turno, com mais de 80% das intenções de votos. A popularidade do presidente se deve ao seu sucesso no combate às “maras”, gangues que durante décadas tornaram a vida dos salvadorenhos um inferno. Durante seu governo, Bukele construiu prisões gigantescas e encarcerou milhares de pessoas ligadas às organizações criminosas, o que foi bastante criticado pelos grupos de Direitos Humanos. Por outro lado, para a população, que sofria cotidianamente com as maras, só isso já é suficiente para apoiar o presidente.
Além de Bukele estão na disputa mais cinco candidatos que aparecem com pouquíssima intenção de voto. Representando o FMLN, que governou o país de 2009 a 2019, está Manuel Flores, ex-guerrilheiro que já foi prefeito e também deputado. Pelo partido de direita, ARENA, está o empresário Joel Sánchez, que viveu por muito tempo nos Estados Unidos. Pelo partido conservador Novo Tempo, Luis Parada, político, advogado e ex-militar formado em West Point (EUA), que se retirou do exército depois que militares armados invadiram o Congresso convocados por Bukele. O partido Fuerza Solidária tem como candidato o médico Javier Renderos e por fim a única mulher a disputar o pleito: Marina Murillo, arquiteta, que vem pela Fraternidad Patriótica Salvadoreña.
Os salvadorenhos elegerão além do presidente e o vice mais 60 deputados. Também aí no campo legislativo o partido de Bukele Nuevas Ideas deverá ganhar de lavada, com a previsão da eleição de 57 dos 60 postos.
Uma vitória acachapante está sendo esperada e, com isso, a promessa da destruição quase completa de qualquer oposição. Sem lugar a dúvidas, um resultado como esse trará imenso impacto em toda América Latina, basta ver como já está se comportando o presidente recém-eleito do Equador.
Texto: André Queiroz
Texto: Maicon Claudio da Silva
Texto: Rafael Cuevas Molina - Presidente AUNA-Costa Rica