História e Pensamento Militar
Texto: IELA
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© REUTERS / Jaime Saldarriaga
Os colombianos foram às urnas para escolher os novos legisladores da Câmara e Senado consolidando agora três forças políticas na disputa pelo poder no país. Além dos tradicionais conservadores e liberais, a articulação Pacto Histórico conseguiu aparecer como uma opção real garantindo 16 cadeiras no Senado, o mesmo número que os conservadores e um a menos que os liberais. Depois vêm as demais forças que dividem as cadeiras em maior ou menor número. Os dois movimentos indígenas garantiram uma cadeira cada um. Somados, liberais e esquerda conformam maioria e podem imprimir mudanças significativas no país.
Na Câmara dos Deputados a lógica foi a mesma. O Partido Liberal ficou com o maior número, 32 deputados, enquanto Pacto Histórico e Partido Conservador garantiram 25 deputados cada um.
Os colombianos também decidiram em eleições primárias quem será o candidato presidencial para a eleição de 29 de maio, no que diz respeito às três grandes coligações. Esses três candidatos se somarão aos oito outros candidatos que já se inscreveram para o cargo de maneira independente, seja por assinaturas isoladas ou por indicação partidária.
A Coalición Centro Esperanza, que reúne os liberais elegeu o ex-governador Sérgio Fajardo, a Consulta Equipo por Colombia, da direita colombiana, garantiu o nome de Federico Gutiérrez, e na Consulta Pacto Histórico, esquerda, deu a vitória avassaladora de Gustavo Petro (ex-prefeito de Bogotá) , que reuniu mais de quatro milhões de votos.
Ao falar à imprensa sobre a vitória do seu nome para a disputa presidencial Petro apontou que é chegado o tempo de a Colômbia dar uma chance a nova geração para mudar o país e garantir mudanças reais, para o bem-viver.
As primárias deram bastante fôlego para as forças de esquerda pois apontaram uma tendência clara: o povo colombiano quer mudanças e já não se contenta mais com a velha disputa liberais x conservadores. Vivendo desde há décadas guerras de libertação, lutas contra paramilitares e narcotráfico, a população colombiana quer dar um basta a essa realidade de morte, desalojos forçados e massacres sistemáticos de líderes sociais. As nove bases militares estadunidenses no país e a perpétua submissão aos Estados Unidos mostram que essa não é uma aliança benéfica para o país. É tempo de mudar.
Gustavo Petro, que é atualmente senador, já foi candidato à presidência duas vezes.
Texto: IELA
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Lauro Mattei - Professor/UFSC
Texto: João Gaspar/ IELA