A escala 6 x 1 e os trabalhadores
Texto: Elaine Tavares
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O terceiro dia do III ENEI foi marcado pela apresentação de trabalhos, com a produção intelectual e acadêmica dos estudantes. Divididos em grupos por temas, os estudantes indígenas conversaram sobre as pesquisas que vêm realizando nas universidades.
Para a maioria, os temas que se prestam ao olhar acadêmico estão visceralmente relacionados com as demandas dos povos indígenas e versam sobre a territorialidade, a saúde, o meio-ambiente, a comunicação, a educação, a arte.
A singularidade que assoma na discussão dos trabalhos é a ligação, sempre presente, com a realidade indígena brasileira. Há uma preocupação em trazer para dentro da universidade o conhecimento sobre a cultura, sobre as tradições e, principalmente, sobre a luta que os povos travam na defesa do seu território, pela demarcação das terras, contra a PEC 215. Para os estudantes, estar na universidade é abrir veredas para que o não-índio possa melhor compreender a realidade dos povos originários.
As sessões de apresentação de trabalhos foram sempre cheias e concorridas no debate.
Durante o horário de almoço, a banda Coisa de Índio formada por estudantes da Bahia também deu o seu recado no varandão do Básico, onde se reúnem os estudantes da UFSC. Com letras fortes, demarcando as principais batalhas dos povos indígenas na atualidade, a Banda balançou o dia.
Na parte da noite foi a vez do cinema. A mostra de filmes trouxe a discussão da violência, do massacre, da destruição das terras indígenas pelo latifúndio e também a resistência que se faz desde há mais de 500 anos. A despeito de tudo, os povos indígenas seguem vivos e lutando para garantir o direito de serem o que são.
Hoje pela manhã seguem os debates e conferências. E, na parte da tarde, os estudantes realizam um ato público no centro de Florianópolis, em apoio aos Guarani Kaiowá – que hoje estão sendo atacados por fazendeiros – e pela visibilidade da luta indígena.
Em Santa Catarina resistem três importantes etnias: os Guarani, os Xokleng Laklãnõ e o Kaigang.
Apresentação de trabalhos
Discussão sobre cinema
Banda Coisa de índio
Texto: Elaine Tavares
Texto: Javier Campo
Texto: Nildo Domingos Ouriques
Texto: Gilberto Felisberto Vasconcellos
Texto: IELA