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Equador pode entregar Galápagos para base militar dos EUA

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Por IELA em 18 de dezembro de 2024

Equador pode entregar Galápagos para base militar dos EUA

Imagem: Observatorio Lawfare

Os Estados Unidos seguem firme na sua política de cooptação dos governos latino-americanos para a garantia de seus interesses econômicos e militares. A última notícia que deixa o continente estarrecido vem do Equador, onde o presidente Álvaro Noboa autorizou, no último dia 14 de dezembro, uma base estadunidense na ilha de Galápagos, que é uma espécie de santuário da natureza. A autorização se dá no âmbito de um tratado de cooperação militar que foi assinado no mês de fevereiro deste ano.

Com esta decisão, as ilhas Galápagos poderão receber navios, submarinos e militares estadunidenses, tudo sob o eterno pretexto de “combater as drogas”, acrescentado da justificativa de combater também a pesca ilegal. Os “marines” estarão isentos de pagamentos de impostos, aluguéis e terão imunidade diplomática.

Conforme informações divulgadas no jornal La Jornada, o Conselho de Governo das ilhas Galápagos aprovou a proposta sem consultar a comunidade.

A base de Manta, que era um espaço estadunidense no Equador, foi fechada durante o governo de Rafael Correa e a Constituição do país proíbe bases estrangeiras no país desde 2008. Mas, Noboa afirma que pode reverter isso e mantem a proposta. Ele já enviou para a Assembleia Nacional um projeto que retira da Constituição o artigo que determina a proibição.

Galápagos é um arquipélago de intensa vida marinha declarado Patrimônio Natural da Humanidade, pela Unesco, em 1978. Agora, corre riscos.

Já os Estados Unidos, com uma base em Galápagos, consegue fechar um quadrilátero no oceano pacífico, com bases estrategicamente colocadas, além de no Equador, também no Japão, Índia e Austrália. Assim, os EUA estariam avançando na ofensiva contra a China e mantendo a Venezuela bem próxima dos seus mísseis.

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