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Evo expulsa a Usaid da Bolivia por ingerência Política política

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Por IELA em 15 de janeiro de 2015

Evo expulsa a Usaid da Bolivia por ingerência Política política

Evo expulsa a Usaid da Boliviapor ingerência Política política

17.05.2013  – No dia do trabalhador celebrado na Bolívia, diante de uma Praça Murillo tomada de gente,  o presidente Evo Morales deu um presente a toda nação. Anunciou a expulsão da USAID (agência de desenvolvimento dos Estados Unidos) do território boliviano.  Essa agência foi criada por John Kennedy em 1961 como um aprofundamento do Plano Marshall, que definiu estratégias de recuperação da Europa logo após a II grande guerra. Com a criação dessa agência, Kennedy voltava os olhos e definia toda uma lógica de ocupação da América Latina via propostas de “desenvolvimento” construídas desde os Estados Unidos. 
Ao longo de sua existência nos países latino-americanos a USAID veio pontuando uma série de acordos extremamente nocivos para as nacionalidades, se imiscuindo nos assuntos que deveriam ser de competência dos Estados, tais como saúde, educação, desenvolvimento urbano. No Brasil, por exemplo, é bastante famoso o acordo MEC/USAID que mudou toda a educação nacional a partir de diretrizes construídas fora da realidade local, nos Estados Unidos. Durante as ditaduras que assolaram a América Latina nos anos 60 e 70, essa sub-reptícia agência esteve envolvida em praticamente todas, impondo seus planos de mudanças na vida nacional sob a capa de “ajuda humanitária”, sempre com o apoio das elites locais. 
Pois na Bolívia Evo Morales decidiu acabar com a ingerência dessa agência no país. E, assim, em homenagem a toda a agente boliviana que constrói um novo país estabeleceu que a embaixada dos Estados Unidos deveria ser imediatamente notificada da decisão de expulsar do país a Usaid. O anúncio foi seguido de muita vibração por parte da multidão que estava na praça.  “ Os Estados Unidos segue conspirando. Por isso, aproveitando esta concentração, decidimos expulsar a Usaid da Bolívia. Se vai. Nunca mais a Usaid vai seguir manipulando e utilizando a nossos irmãos dirigentes”, comunicou Morales.
Evo explicou à população que já não era mais possível aturar a ingerência política da agência que tem atuado visando a divisão das organizações sociais. “Outro aspecto que nos leva a tomar essa decisão foram as declarações do secretário de Estado estadunidense, John Kerry, que qualificou a América Latina como o pátio traseiro dos Estados Unidos. Mostramos que não é assim”. O presidente ainda se comprometeu em honrar os programas que a Usaid estava desenvolvendo no país.
 O presidente Barak Obama se pronunciou lamentando a decisão e rechaçou qualquer possibilidade de intromissão política dos Estados Unidos na Bolívia. Mas, Morales não abre mão da soberania e além da expulsão da Usaid já tomou outras medidas contra possíveis conspirações contra o povo boliviano. Em 2008 expulsou o embaixador dos Estados Unidos Philip Goldberg, que se manifestava sobre assuntos internos. No mesmo ano suspendeu as ações da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) , por estarem realizando espionagem. Em novembro de 2011 assinou um acordo com os Estados Unidos a partir de novas bases, eliminando a dependência.
 

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