Que Vivan Los Estudiantes – Cultura e Arte na Universidade (E 2)
Texto: IELA
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Evo Morales vence eleições na Bolívia
07.12.2009 – Foram cinco anos enfrentando o mais duro racismo, não só na própria Bolívia, mas em todo mundo, afinal, pela primeira vez um representante do povo originário era eleito para governar o país. E mais, não governava como um branco, mas como alguém que sabia muito bem de suas raízes. E tanto que, sua posse primeira foi em Tiwanaco, espaço sagrado da gente aymara, com todos os rituais de um povo que tem como máxima o mandar obedecendo. Depois, já no cargo, enfrentou desafios gigantes como a nacionalização das riquezas, uma nova Constituição e a elite racista de Santa Cruz.
Evo Morales não logrou vencer todos os obstáculos de uma nação governada sistematicamente, ao longo dos anos, por uma pequena parcela de pessoas que foram se apropriado de forma privada dos recursos do país. Tampouco deixou de cometer erros como o envio de tropas ao Haiti, que ainda perdura. Mas, de qualquer forma, vem realizando mudanças voltadas para a maioria da população, coisa jamais vista neste incrível país no qual quéchuas e aymaras são maioria.
Nas eleições de domingo Evo e Garcia Linera receberam 63.3% dos votos. Outra vez uma vitória avassaladora, uma vez que antes deles, nunca nenhum presidente havia ganhado as eleições em primeiro turno. Pois eles levaram na primeira e agora na segunda, outra vez, e com muito mais aprovação. Também no Congresso Nacional, o MAS, partido que os abriga, levou a maioria das cadeiras, conquistando igualmente maioria.
Nos espaços de poder mundial a eleição de Evo aparece como um incômodo. Basta ler as matérias publicadas nos jornais estadunidenses, país que não se conforma com as mudanças acontecidas nesta América baixa, a qual sempre consideram sua reserva estratégica de riquezas. Falam de Evo como um representante dos “plantadores de coca”, como se o mesmo fosse um destes “gringos” que comandam o tráfico internacional da cocaína. Não dizem que a coca é uma planta sagrada da gente originária, e que, inclusive, permite que esse povo viva e trabalhe nas alturas andinas. Enfim, de qualquer forma, com todos os resquícios do racismo e do ódio que a gente poderosa tem aos povos em luta, a gente boliviana segue. Agora é esperara que os erros sejam consertados e que novas mudanças estruturais aconteçam.
Texto: Elaine Tavares
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Demétrio Coelho
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
Texto: Leonel Poblete Codutti