USAID e a falácia da generosidade
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
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Trabalhadores da empresa transnacional Amazon – com sede em Seattle, EUA – iniciaram na segunda-feira (16) uma greve de 72 horas nas sedes da Alemanha, Polônia e Espanha, em protesto contra as más condições de trabalho. Eles decidiram pelo dia 16 de julho para coincidir com o “Prime Day”, famoso dia mundial de descontos realizados pela gigante de vendas na Internet, quando o movimento triplica.
Na Espanha, um dos maiores centros da Amazon, com cerca de dois mil trabalhadores, houve conflitos com a polícia e dois trabalhadores acabaram presos, acusados de trancarem as ruas. 80% dos trabalhadores paralisaram e não saiu qualquer caminhão de entrega. Os trabalhadores reivindicam que seja mantido um acordo coletivo próprio, que garante mais direitos do que o atual, definido unilateralmente pela empresa, e exigem uma cláusula salarial que defina aumentos para os próximos anos. A proposta da empresa está fixada em um aumento de 1,1% que já foi rechaçado.
A ideia de parar os serviços nesse dia de maior movimentação da empresa é para justamente para garantir o maior impacto possível, para que a Amazon sinta que sem os trabalhadores a plataforma não funciona, dizem os organizadores do movimento.
A Amazon, além de manter um quadro funcional fixo, em péssima condições de trabalho e salariais, conforme denunciam os trabalhadores, vem atuando agora no sentido de precarizar ainda mais as relações de trabalho com uma maior contratação de trabalhadores temporários.
Na Polônia a sede da empresa também paralisou pois os ttrabalhadores decidiram cumprir à risca todas as regras trabalhistas, o que, na prática, inviabiliza o trabalho.
Na Alemanha são mais de 12 mil trabalhadores vinculados a Amazon e é o maior mercado depois dos Estados Unidos, movimentando no ano passado 17 bilhões de dólares.
Jeff Bezos, fundador da Amazon, diz que a greve não tem fundamento e que seus trabalhadores são bem pagos, coisa que a greve vem contestar. A precariedade das condições laborais e os baixos salários são o que garantem a ele ser o homem mais rico da história moderna, com uma fortuna pessoal de 150 bilhões de dólares, superando inclusive Bill Gates, o fundador da Microsoft.
O movimento encerra hoje e os trabalhadores pretendem conseguir o máximo de benefícios.
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
Texto: Elaine Tavares
Texto: Rosa Miriam Elizalde
Texto: IELA
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