A Implosão da Costa Rica
Texto: Rafael Cuevas Molina - Presidente AUNA-Costa Rica
Aguarde, carregando...
07.03.2014 – Nesse mês de março o Brasil celebra 127 anos do nascimento de um dos mais importantes compositores brasileiros: Heitor Villa-Lobos. Nascido em cinco de março de 1887, na cidade do Rio de Janeiro, ele é conhecido como aquele que conseguiu criar uma linguagem genuinamente brasileira na música, incorporando elementos regionais, canções populares e indígenas à música erudita.
De família abastada, pela vontade da mãe, Noêmia Monteiro Villa-Lobos, teria sido médico. Mas, foi a influência do pai, Raul Villa-Lobos, músico amador, que acabou sendo mais forte. Foi ele quem introduziu Heitor no mundo da instrução musical, adaptando uma viola para que pudesse ser tocada pelo filho pequeno. Raul morreu quando Heitor tinha apenas 12 anos, mas seu tempo com o pais já tinha sido suficiente para que a música fizesse parte da sua vida de maneira indelével. Era um garoto ainda e já tocava violoncelo pelos teatros e cafés do Rio, sempre muito articulado com o que havia de mais original na música, como era o caso do chorinho, então muito em voga na então capital do Brasil.
Curioso e inventivo Villa-Lobos participa da Semana de Arte Moderna, que sacudiu a arte e a cultura brasileira. Viajou para a Europa, sempre aprendendo coisas novas, embora imbricadas com suas origens. Suas primeiras composições ainda são marcadas pela influência da música europeia, mas logo ele começou a trazer outros elementos para suas composições, como as influências afro-brasileiras e indígenas. Isso já pode ser notado nas Danças características africanas, de 1914, e, depois, nos bailados Amazonas e Uirapuru, de 1917.
Durante o Estado Novo, que vingou com a revolta de 1930, Villa-Lobos, então chegado de sua segunda viagem à Europa e com sua linguagem musical já consolidada, desenvolveu um importante projeto educacional, visando o ensino da música nas escolas pública. Nesse processo teve fundamental destaque o projeto de Canto Orfeônico, com o qual chegou a organizar um coral de até 12 mil vozes. De tudo isso resultou a compilação do Guia prático (com temas populares harmonizados), tornando a música acessível para milhares de jovens que, sem esse trabalho, jamais tomariam contato com a linguagem musical. Sua vontade de fazer da música uma coisa popular fez com que naqueles dias, muitos espetáculos fossem realizados e a população pudesse s encantar com um tipo de música até então sujeita aos salões. Villa-Lobos popularizou a música chamada de “erudita”, deu a ela tons brasileiros, originais, incorporando instrumentos jamais vistos em uma orquestra. Autor de mais de mil composições teve uma vida agitada e marcada pelas escolhas que fez, principalmente na política. Criticado, amado, combatido, ele nunca se intimidou e consolidou seu caminho como músico e como maestro. Imortalizado como um dos mais importantes compositores brasileiros, Villa-Lobos partiu dessa vida em novembro de 1959, deixando uma obra magnífica e imortal.
Hoje, com a música banida há anos das escolas, o sonho de Villa-Lobos volta a incendiar projetos de retomada do ensino da música nas escolas públicas. mais do que nunca, ele vive.
Escute aqui uma de suas composições: Uirapuru e Bachiana no. 5
Texto: Rafael Cuevas Molina - Presidente AUNA-Costa Rica
Texto: IELA
Texto: Elaine Tavares
Texto: IELA
Texto: IELA