Equador: o passado de volta
Texto: Elaine Tavares
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22.11.2010 – O presidente do IELA, professor Waldir Rampinelli estará em São Paulo nos dias 26 e 27 de outubro, cumprindo uma agenda de debates e conferências sobre os 100 anos da Revolução Mexicana. No dia 26, o encontro será na Universidade de São Paulo (USP), e no dia 27 no Museu de Cultura da PUC.
Segundo Rampinelli, o tema dos 100 anos da Revolução Mexicana abre espaço a um debate que traz significativas contribuições para refletir sobre o atual cenário das lutas dos povos latino-americanos. O professor, que é coordenador do Núcleo de Estudos de História da América Latina – (NEHAL), lembra que uma das grandes conquistas da Revolução Mexicana serve de lição para o Brasil. “No México, eles conseguiram reduzir sensivelmente o latifúndio, o que ainda não aconteceu em terras brasileiras.”
Rampinelli, que também preside o IELA, explica que a Revolução Mexicana de 1910 marca o início da idade contemporânea na América Latina . “Ela teve um alcance não apenas local e regional, mas inclusive mundial. Isso porque era um processo revolucionário com hegemonia de camponeses e indígenas, e bem ao lado de um país que caminhava para uma realidade imperialista: os Estados Unidos.”
O historiador esclarece que a Revolução Mexicana pode ser caracterizada como agrarista, burguesa, nacionalista, anti-imperialista e anticapitalista, daí a complexidade do seu estudo. “Apesar de a revolução ter sido institucionalizada pela classe dominante do México, influenciou vários movimentos populares em toda América Latina. Rampinelli recorda, por exemplo, que os marqueteiros da campanha presidencial de Salvador Allende, no Chile, em 1970, usavam o “corrido”, canção popular dos revolucionários mexicanos, para defender o programa de reforma agrária que o candidato chileno queria implantar.
Outro aspecto destacado pelo professor é que política internacional do México, que acolheu todos os exilados das ditaduras de segurança nacional – que perpassaram a América latina nos anos 60, 70 e 80 – também nasceu com a Revolução Mexicana, e principalmente com o governo de Lázaro Cárdenas (1934-40), que participou ativamente do processo revolucionário.
O mesmo tema dos 100 anos será tratado aqui na UFSC, dia 28 de outubro, no projeto Encuentros 18h30min do Instituto de Estudos Latino-Americanos, que acontece na UFSC desde o final de 2009. O projeto, espaço de discussão sobre temas concernentes à América Latina, é coordenado pelo professor Lauro Mattei, que também é um dos pesquisadores do IELA.
Outras informações com Waldir Rampinelli (8823-1373) e no IELA (3721- 4938)
Texto: Elaine Tavares
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