Que Vivan Los Estudiantes – Cultura e Arte na Universidade (E 2)
Texto: IELA
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IELA já está na nova sede
03.12.2010 – O IELA inaugurou nesta quarta-feira a sua nova sede, que agora conta com salas de professores visitantes e biblioteca. A consolidação, agora física, deste espaço de estudo e crítica acerca das questões latino-americanas foi saudada por professores, trabalhadores técnico-administrativos, estudantes e representantes de movimentos sociais.
Durante a sua fala de saudação o reitor em exercício, Carlos Alberto Justo da Silva, parabenizou os membros do instituto e vaticinou que, agora, com um espaço reconhecido dentro da UFSC a tendência do IELA é de crescer e firmar-se como espaço de pesquisa e extensão. Lembrou ainda que e o IELA apareceu na UFSC bem antes de o tema América Latina ter se tornado assunto da moda. “A iniciativa do professor Nildo Ouriques abriu caminho na universidade, no Estado e no país. Agora, o que esperamos é que este instituto siga com suas portas abertas”.
O diretor do Centro Sócio-Econômico, Ricardo de Oliveira, também fez questão de ressaltar os primórdios do nascimento do IELA, primeiro como um pequeno núcleo em 2004, e, depois, avançando para a forma de um instituto. “E durante todo esse tempo nós apoiamos esse trabalho em tudo o que foi possível, porque sabemos da sua importância”. Ricardo saudou os estudantes e os trabalhadores do IELA com um poema de Neruda. “Há outros dias que não têm chegado ainda, que estão fazendo-se. Como o pão ou as cadeiras ou o produto das farmácias e das oficinas. Há fábricas de dias que virão, existem artesãos da alma que levantam e pesam e preparam certos dias amargos ou preciosos, que de repente chegam à porta para premiar-nos com uma laranja ou assassinar-nos de imediato”. E arrematou: que os dias que estão por vir sejam preciosos.
O presidente do IELA, Waldir Rampinelli agradeceu a presença de todos e reafirmou o caráter do IELA como um instituto que se propõe a pensar a América Latina desde uma perspectiva crítica, antissistêmica, anticapitalista e anti-eurocêntrica. Saudou os estudantes, razão de ser da universidade e colocou à disposição todo o acervo da biblioteca do IELA, agora reforçada com a doação feita pelo professor Carlos Lessa (UFRJ) de livros que o mesmo amealhou nos seus 50 anos de vida acadêmica. “O professor Nildo Ouriques começou este trabalho com uma pequena equipe e agora nós estamos colhendo os frutos. O Instituto cresceu, tem vários projetos de extensão e de pesquisa, coordena uma rede nacional de estudos latino-americanos, a Rebela, e é uma referência em nível de Brasil”.
A proposta de juntar pesquisadores de América Latina sob a ótica do pensamento crítico, antissistêmico e antieurocêntrico surgiu em 2004, a partir da iniciativa do professor de Economia da UFSC, Nildo Ouriques. Nasceu então o Observatório Latino-Americano (OLA) com a idéia de aprofundar os estudos na área e divulgar as notícias e análises sobre a conjuntura latino-americana. O grupo, que começou pequeno, foi crescendo muito rapidamente e, em 2006, já contava com pesquisadores de vários outros Centros da UFSC, outras universidades brasileiras e também de universidades internacionais.
Esse crescimento serviu de base para a proposta de criação de um instituto público, o que se consolidou em 19 de julho de 2006, quando foi oficializado o nascimento do Instituto de Estudos Latino-Americanos, o IELA, iniciativa pioneira nas universidades federais. A partir daí, o IELA foi fortalecendo seus laços com os demais pesquisadores brasileiros até desembocar na constituição da Rede Brasileira de Estudos Latino-Americanos, a REBELA, hoje articulada em vários estados brasileiros. Nesse sentido, os estudos sobre a América Latina saíram da lógica da produção individual, fazendo parte de uma complexa rede, na qual as informações circulam e servem de caminho para novas pesquisas e intervenções.
Agora, com um espaço ampliado, o IELA poderá dar vazão ao volume de trabalho que não pára de crescer.
Festa de inauguração
Presidente do IELA, Waldir Rampinelli
Waldir Rampinelli e Nildo Ouriques, primeiro presidente e criador do IELA
Fernando Correa Prado (bolsista IPEA), Nildo Ouriques, Pedro Vieira e Waldir Rampinelli.
Texto: Elaine Tavares
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Demétrio Coelho
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
Texto: Leonel Poblete Codutti