Indígenas e a mineração

O Instituto Brasileiro de Mineração promove nos dias 6,7 e 8 de novembro a Segunda Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, em Belém do Pará, um espaço de discussão sobre as perspectivas de relação entre governo, mineradores e povos indígenas para garantir a preservação da Amazônia. Obviamente a proposta de preservação que se apresenta está visceralmente vinculada à ideia liberal de que é possível atuar no espaço a partir de uma proposta dita sustentável. Experiências como as de Chico Mendes mostram que sim, é possível, desde que com uma construção a partir dos trabalhadores. Mas, a seguir a proposta de exploração predadora, desenhada pelas empresas multinacionais, é bem pouco provável que essa sustentabilidade se faça. A lógica dos créditos de carbono, que é um mecanismo monetário para incentivar governos a emitir menos CO2 tem sido uma espécie de canto da sereia a encantar alguns governantes e também lideranças indígenas. Jafe Sateré, da etnia Sateré-Mawé, estará no encontro do IBAM e fala sobre as expectativas das comunidades indígenas com mais essa conferência.