Programa Pensamento Crítico – O Destino das Cidades ( E 166)
Texto: IELA
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Grupo da Globo News
Antes de tudo responder ao que ainda não se tem resposta: as causas psicossociais do fenômeno Bolsonaro. Um filósofo dialético diria: a ontologia social do bolsonarismo. Não ele em si, embora o indivíduo, como dizia Napoleão, seja o trono.
O badameco Jair Bolsonaro foi o agente da ruína civilizatória, escolhido por uma burguesia inculta e dependente que abdicou de qualquer brio nacional, seguido ou precedido por setores das Forças Armadas. Estas agindo como tropa de ocupação estrangeira, consonante a caracterização do golpe de 64 dada por Nelson Werneck Sodré, exímio historiador e exemplo de militar, aliás o melhor historiador do Exército.
Lamentavelmente os oficiais das Agulhas Negras não o estudam por preconceito antimarxista e antinacionalista, dando absoluta preferência a Gustavo Barroso, integralista e reacionário a favor da guerra do Paraguay a serviço do imperialismo inglês.
O Gustavo Barroso que vale a pena ser lido, o pesquisador do folclore e da cultura popular, é o autor de A Terra do Sol. Este contudo é desconhecido pela oficialidade militar, por conseguinte presa fácil do colonialismo do Pentágono e de Hollywood.
A verdade é que o divórcio não é entre civil e militar, e sim a antinomia entre entreguistas e nacionalistas no interior das Forças Armadas. Duque de Caxias, informou Capistrano de Abreu, que iria ser enterrado como um singelo paisano.
O generalato Bolsonaro que foi para a missão genocida no Haiti abomina Simon Bolivar. Na cabeça do militar brasileiro (e Lula não deve descuidar disso) está arraigado o sentimento colonial de inferioridade. O armamento é comprado fora do país. A tecnologia bélica é importada. A admiração e inveja pelos Estados Unidos decorre de seu armamento avançado. O fetichismo armamentista não deixa os militares brasileiros perceberem que a guerra é feita pelos homens, não pelas armas.
O condicionante internacional da economia rentista interfere no Exército cipaio que apoiou e manufaturou o “mito” Jair Bolsonaro. Mito fabricado que se desfaz a cada dia, todavia o mais importante é o motivo das Forças Armadas tomarem uma feição cipaia na metade dos anos 2000.
Por cipaio entende-se o soldado nacional que defende a tropa estrangeira e os interesses de países estrangeiros. A questão das Forças Armadas cipaias não se resolve apenas com didática educacional, interferindo no currículo das escolas militares, se bem que seja importante saber quais os autores que nela se estudam; o problema é o caráter dependente e subdesenvolvido do país que repercute na cabeça dos militares. Por isso é mais fácil pintar um general Heleno cipaio do que um marechal Lott patriota.
Texto: João Gaspar/ IELA
Texto: IELA
Texto: Elaine Tavares
Texto: João Gaspar/ IELA
Texto: Davi Antunes da Luz