Por Cuba – A economia cubana hoje (E 04)
Texto: Davi Antunes da Luz
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Na próxima quarta-feira, dia 18/11, será o dia em que o editor vira autor. É que Nelson Rolim de Moura, conhecido como aquele que dá vida aos livros na Editora Insular lança o seu próprio livro, com as memórias de um tempo duro: “Não esquecemos a ditadura – Memórias da violência”. O lançamento acontece no hall do Centro Integrado de Cultura (CIC), às 19h. O livro tem como fio condutor a militância de Nelsinho e a luta contra a ditadura militar e pelas liberdades democráticas.
“O motivo que me fez libertar estas palavras é porque na verdade sabemos certas coisas que não queremos guardar para sempre no adormecimento da memória, pois podem significar algo para alguém. Fiz muitas coisas na minha vida, de tudo um pouco. Aqui uso duas práticas que desenvolvi: jornalismo, fazendo jornais, e literatura, editando livros. As duas no sentido mais prosaico que possam ter, mas agudamente. Como editor, foi difícil deixar outros livros para cuidar deste. Agora terminei.”
Segundo Rolim, foi o reencontro com velhos companheiros do movimento estudantil, passados 45 anos da militância conjunta, que o animou a publicar um livro rememorando e refletindo sobre o enfrentamento à ditadura e suas barbaridades. Para ele, conceder o indulto do esquecimento aos que praticaram o terrorismo de Estado é imputar-lhes “inocência”. “Assim, coloquei em prática um remoto projeto de lembrar aquele tempo por meio do meu testemunho em defesa das liberdades democráticas. Retalhos de vida dos que foram para a esquerda, apresentados numa longa crônica costurada pelos ideais do socialismo numa América Latina unificada”.
Ele lembra que aqueles dias foram pautados por “uma luta intensa e febril contra um regime que justificava suas brutais ações (restrições às liberdades individuais, cassação dos direitos civis, censura, prisões, desaparecimentos, torturas, assassinatos) em nome da “segurança nacional” e de impedir o “avanço comunista”. Foi instituída a cultura do medo: o silêncio, o isolamento e a desesperança. Mas, não nos resignamos, fomos obrigados a enfrentar a opressão que se instalara e resistimos, com espírito de rebeldia e libertário, não fugimos à luta!”
Texto: Davi Antunes da Luz
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