Pescadores artesanais chilenos protestam

Protesto na ilha Chiloé – foto retirada do sítio Peru 21

Pescadores da região de Los Lagos, no Chile, completam uma semana de mobilizações e protestos, bloqueando ruas, exigindo do governo uma resolução dos problemas causados por uma maré vermelha, que atinge todo o setor.
Ontem, caminhoneiros e outros setores de trabalhadores se aliaram aos pescadores num grande protesto à entrada do Porto Montt, depois que o governo acenou com uma proposta que os pescadores consideram rebaixada, pois unicamente trata de um bônus emergencial. Para os manifestantes, que apresentaram uma pauta com 28 pontos, o governo chileno não está disposto a negociar uma saída real, tentando apenas dividir o movimento.
Além da manifestação em Porto Montt, há várias outras estradas tomadas com barricadas, inclusive na entrada da ilha Chiloé – uma das regiões mais afetadas – de onde nada entra ou sai.
Enquanto o governo oferece apenas um valor de 300 mil pesos (equivalente a uns 440 dólares), os pescadores querem que o estado se responsabilize pela sobrevivência dos trabalhadores do mar enquanto durar o fenômeno da maré vermelha, que tem inviabilizado a pesca no país desde o mês de março, sem que haja qualquer previsão de mudança.
A maré vermelha é um fenômeno provocado pela reprodução de algas microscópicas que produzem toxinas venenosas para os seres humanos e para os animais. Vários pontos da costa chilena estão vivendo esse problema e os pescadores artesanais são os mais prejudicados. Tem havido morte de salmões, toneladas de sardinhas e machas, que é um molusco bastante usado na culinária chilena. Os técnicos governamentais relacionam a maré vermelha com o fenômeno El Niño.

Protesto na entrada do Porto Montt

Com informações de jornais chilenos