Rebela: primeiro número do ano 15
Texto: IELA
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A Revista Brasileira de Estudos Latino-Americanos entra no seu décimo quinto ano buscando oferecer uma reflexão crítica sobre temas de “nuestra América”. Neste primeiro número do ano 15 abrimos com Gilberto Felisberto Vasconcellos com o texto “Sociedade e cultura na década de 1960”, no qual busca compreender alguns aspectos da cultura dos anos 60 em conexão ao capital monopolista, que é o pano de fundo através do qual se explicam os vários golpes de estados ocorridos simultaneamente na América Latina. Em seguida Katia Iris Marro e Paulino Alvarado Pizaña trazem o texto “Do pensamento de René Zavaleta às entranhas das lutas sociais da América Latina”, discutindo algumas chaves analíticas presentes no pensamento de René Zavaleta que são importantes para pensar características históricas e contemporâneas das lutas sociais de América Latina. Joallan Cardim Rocha apresenta o artigo “Mestiçagem, degeneração e darwinismo social na Bolívia: sobre o ensaio “Pueblo Enfermo” de Alcides Arguedas”, analisando a obra mais importante e controversa do escritor boliviano, publicada em 1909, sob a influência das principais teorias em voga na Europa na segunda metade do século XIX, como o positivismo, o darwinismo social e o racismo científico. Depois, Wellington Narde Navarro da Costa apresenta o texto “Dialética cabocla e sociologia: a flecha de Guerreiro Ramos”, examinando um conjunto de contribuições teóricas desenvolvidas por Guerreiro Ramos no que concerne à relação entre
sociologia e dialética.
“O Estado capitalista dependente brasileiro e o papel da ditadura para a materialização da dinâmica subimperialista”, de Heitor Novelini da Cruz, se propõe a investigar a atuação do Estado capitalista dependente brasileiro durante o período ditatorial pós-golpe de 1964, analisando como este agiu de modo a favorecer a consolidação de uma dinâmica subimperialista na economia brasileira. Em seguida, o texto de Sabrina de Souza Ribeiro e Marco Antonio de Meneses Silva “Entre fronteiras e identidades: o impacto da concepção de identidade nacional brasileira para uma ideia compartilhada de América Latina”, examina as conexões e impactos do conceito de identidade, com foco na identificação (ou ausência dela) da população brasileira com o termo “latino-americano”. Carlos Andrés Díaz Mosquera traz o artigo “Para quem é a cidade? Redes socioinstitucionais de gerenciamento urbano nos centros de Salvador (Brasil) e Cali (Colômbia)”, no qual analisa a forma e os sentidos de como são consolidadas as redes de gestão público-privadas em processos de reformas urbanas contemporâneas de duas cidades latino-americanas: Salvador, Bahia, Brasil e Cali, Departamento del Valle del Cauca, Colômbia. Finalizando os artigos temos Daniela Oliveira, Vinicius Sousa Silva Robenilson Moura Barreto e Carmen Hannud Carballeda Adsuara, com o texto “O massacre de Eldorado dos Carajás: memória, história e psicopolítica no Sudeste Paraense”, analisando a reação ao monumento Eldorado Memória, projetado por Oscar Niemeyer, que foi erguido e destruído em Marabá, Pará. A pesquisa explora como esse monumento simbolizava as lutas dos trabalhadores rurais sem-terra e as conexões entre memória social, identidade regional e os traumas psicossociais e políticos associados ao massacre.
A resenha “Vânia Bambirra: ao pé do canhão!” é de João Gabriel Gaspar Ballestero e Ruan Mazza Kastrup Carneiro Rehen e trata do livro O Capitalismo dependente latinoamericano, de Vânia Bambirra, lido e debatido no âmbito do grupo de estudos Observatório Latino-Americano (OLA) do IELA-UFSC.
O ensaio fotográfico é de Demétrio Marguti Coelho, “Até sempre, Pepe”, que registrou as manifestações populares que sucederam a morte do ex-presidente uruguaio José ‘Pepe’
Mujica, falecido em maio de 2025.
Boa leitura!
Conselho Editorial
Texto: IELA
Texto: Davi Antunes da Luz
Texto: Camila Feix Vidal - IELA
Texto: Jaime Delgado Rojas /AUNA-Costa Rica