Saiu novo número da REBELA

Foto da Capa: Davi Antunes

A Rebela apresenta mais um número do volume 14 com importantes reflexões sobre a realidade latino-americana. Abrindo os artigos, o texto O Evangelho Capitalista Segundo Seus Críticos: análise sobre O Novo Espírito do Capitalismo a partir de Saramago e da Crítica da Economia Política, de Marlon de Oliveira Xavier, o qual reflete criticamente sobre as contribuições dos autores weberianos para a compreensão dos novos fenômenos do capitalismo. A seguir, o texto As relações Brasil-China e seus efeitos sobre a economia brasileira: desindustrialização, especialização regressiva da pauta exportadora e fortalecimento da dependência, de Danilo Augusto da Silva Horta, com a hipótese de que as relações econômicas com a China intensificam problemas existentes na economia brasileira, tal como a desindustrialização e a especialização regressiva da pauta exportadora do país. Logo a seguir, o artigo Reflexões em torno da vulnerabilidade, desigualdade e violência desde a saúde pública no contexto econômico da América Latina, de Maria Guadalupe Alvear Galindo e Sandy E Ramírez Gutiérrez, o qual retoma o enfoque de Juan Pablo Pérez Sáinz sobre a distribução desigual do excedente para contextualizar a violência como mecanismo de controle social.

O texto de Felipe Gomes Mano, A superexploração como regra: plataformas digitais e a mundialização do trabalho periférico, busca compreender o trabalho plataformizado não apenas como precário, mas também como superexplorado, expandindo o leque de análise deste novo paradigma do mundo do trabalho. O artigo
Neoextrativismo como expressão da dependência no capitalismo financeirizado: um estudo de caso sobre o Brasil, de Laís Benevenuto de Azevedo, Danilo Augusto da Silva Horta, Mateus de Oliveira Martins da Silva eIgor de Oliveira Fogolin, analisa se a reorganização da pauta produtiva em torno de atividades extrativas, que se desenrola no Brasil a partir da década de 1990, sinaliza o aprofundamento da subordinação brasileira na Divisão Internacional do Trabalho. Em seguida, o texto Lei de anistia e a ADPF 153: uma revisão à luz das obrigações jurídicas internacionais do estado brasileiro, de Bruno Barbosa dos Santos, objetiva confrontar a validade constitucional da Lei de Anistia e, ao mesmo tempo, demonstrar a força vinculante das normas cogentes do direito internacional.

Em seguida temos o texto A favela como lugar de moradia da classe trabalhadora, de Mauricio Ruiz Câmara, que faz uma revisão do conceito de favela e procura compreender a habitação no contexto da produção da cidade capitalista. Por fim, o artigo Capitalismo Dependente Latino-americano e Contrarrevolução em Ruy Mauro Marini: estudos comparativos sobre Brasil e Chile, de Itamá Winicius do Nascimento Silva, faz uma análise histórica comparativa entre dois momentos marcantes da América Latina no século XX: os golpes militares que assolaram Brasil e Chile.

A resenha é da jornalista Elaine Tavares, Carlos Alberto de Freitas: um intelectual na luta armada, apresentando o quarto volume da Coleção Ponto Final, escrita por Nelson Rolim, que trata de Carlos Alberto de Freitas, um dos 38 jornalistas torturados e assassinados pela Ditadura Militar.

Tiago Hermano Breunig é o autor da entrevista Por uma crítica da razão decolonial: entrevista com Santiago Castro-Gómez, concedida pelo intelectual colombiano Santiago Castro-Gómez, em Bogotá, Colômbia, no dia 13 de junho de 2024.

Neste número também apresentamos dois ensaios fotográficos. Um, de Davi Antunes da Luz, A Pátria à humanidade: O internacionalista e o internacionalismo de Cuba, representando uma pequena coletânea de fotos feitas na ilha caribenha, entre setembro de 2024 e novembro do mesmo ano. E o outro de Jorge Soler, Luz da Aurora da Manhã, xilogravura desenvolvida em 2022, na oficina de gravura do Centro Integrado de Cultura de Santa Catarina, sob a orientação do mestre Bebeto.

Boa Leitura
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