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Eleição em El Salvador

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Por IELA em 15 de janeiro de 2015

Eleição em El Salvador

Eleições em El Salvador

Candidato da FMLN ficou com 49% dos votos
03.02.2014  – El Salvador é um pequeno país localizado na América Central, que faz limite com Honduras e Guatemala, e tem uma população de pouco mais de sete milhões de pessoas. Na década de 80 vivenciou grande ebulição popular, com a criação da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, que comandou anos de guerra civil, explodida após o assassinato do bispo Dom Oscar Romero. A FMNL chegou a ocupar militarmente até um quarto do território salvadorenho, mas em 1992 acabou assinando um tratado de paz. Logo em seguida, o que era um comando guerrilheiro transformou-se em Partido Político, com o objetivo de disputar as instituições do país. A partir daí a frente foi conquistando espaços no legislativo e também garantindo alguns nomes no executivo de vários municípios. Até que em 2009 elegeu Maurício Funes como presidente da república, encerrando décadas de domínio da direita no país.
Nesse último domingo, os salvadorenhos foram às urnas para escolher um novo presidente. Durante a campanha já se previa uma disputa apertada entre o candidato da FMLN (Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional), Salvador Sánchez Cerén e o representante da  ARENA (Aliança Republicana Nacionalista), Norman Quijano. É que os quatro anos sob o comando de Funes não apresentaram mudanças substanciais com as quais sonhavam os salvadorenhos. Ainda assim, a candidatura de Sánchez apostava justamente no processo de radicalização, uma vez que o mesmo fez parte das colunas guerrilheiras e é considerado um representante da ala mais radical do partido.
Mas a vitória em primeiro turno, que era esperada pela FMLN, não aconteceu. Os primeiros resultados da apuração, com mais de 80% das urnas apuradas, mostram que nem um nem outro conseguiu a maioria dos votos para uma vitória em primeiro turno, o que significa que o país deverá passar por mais uma rodada de eleição. Salvador Sánchez obteve 48,94% dos votos, enquanto Norman Quijano ficou com 38,97%. A diferença de 10% serve para mostrar que a direita voltou a crescer no país e continua firme na disputa.
Ainda assim, os analistas insistem que num segundo turno, com as posições já bem polarizadas, as chances são maiores para o candidato da FMLN, justamente por conta de seu discurso forte e suas promessas de mudanças mais estruturais, coisa que Funes não logrou fazer.  

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