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Neoliberalismo e consumo alienado. O impacto cultural.

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Por IELA em 16 de setembro de 2013

Neoliberalismo e consumo alienado. O impacto cultural.
por José C. Valenzuela Feijóo [*]
À memoria de Mercedes Urriolagoitia e Ligeia Balladares.
I
Propósitos.
16.09.2013 – Nas economias neoliberais latino-americanas o fetichismo inerente à forma mercadoria assume uma profundidade que talvez surpreendesse teóricos como Veblen e o próprio Max. A inversão e alienação fetichista observam-se, muito especialmente, no caso de alguns bens de consumo pessoal. Na actualidade, uma parte importante do gasto em consumo das famílias aplica-se na compra de bens não devido ao seu valor de uso intrínseco e sim do seu significado social. O televisor, o automóvel, o telemóvel, os sapatos, etc compram-se não pela sua utilidade natural e sim pelos “poderes mágicos” que lhe são atribuídos em termos de ascensão e nível social. Este fenómeno de arrivismo enfermiço está muito associado às bases estruturais do estilo neoliberal. Nas notas que se seguem, tentamos delinear seus traços e fundamentos. Apoiámo-nos na experiência chilena ? aquela que se considera a manifestação com mais êxito do neoliberalismo latino-americano ? mas o fenómeno reproduz-se em termos semelhantes no Brasil, na Colômbia, no México (na parte norte do país assume traços quase delirantes), etc. Projecta-se como ideologia para consumo da classe média e opera como um dos pilares que afirma e sustenta os regimes neoliberais.
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