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Terra e Território na América Latina

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Por IELA em 02 de agosto de 2019

Terra e Território na América Latina

A jornalista Elaine Tavares, que atua no IELA desde a sua criação em 2004, sempre tratou de divulgar a luta dos povos originários na América Latina, visando constituir uma ponte entre esse movimento específico e os trabalhadores não-índios, que, tal qual os originários também estão submetidos à exploração do sistema capitalista de produção. Esse trabalho, realizado sistematicamente desde então, exigiu ordenamento e sentido de totalidade, e ela decidiu transformar essa caminhada numa tese de doutorado que finalmente foi defendida, no programa de pós-graduação em Serviço Social, em maio desse ano (2019).

O trabalho “Terra e Território na América Latina – o desafio indígena na era do capital” está disponível em PDF para leitura.

Do trabalho, diz Elaine: “Essa é uma tese que trata do tema indígena, da invasão desde a Europa, do encontro que não houve e da necessidade de uma articulação entre os trabalhadores não-índios e os povos originários para a superação do modo capitalista de produção que promove, sem piedade, a destruição de toda a vida. É um trabalho pensado e escrito na paixão de quem, nascida na planura da pampa, na fronteira entre Brasil e Argentina, no embate cotidiano entre a lavoura de arroz, a peonada e os indígenas, foi se constituindo uma pessoa capaz de compreender as contradições da realidade material. E, compreendendo, seguir a máxima de Karl Marx que já nos advertia, no século XIX, que não basta entender o mundo, mas sim transformá-lo. Herdeira da saga charrua, etnia dos meus ancestrais, e confrontada com o sistemático êxodo das gentes Guarani, Tapes, Minuano, dos paysanos e dos gaúchos, sem terra e sem nada, pensar a invasão, a derrota e o atual levante dos povos originários, mais do que uma pesquisa, é um compromisso ético/político”.

O trabalho procura apontar elementos da cultura autôctone para que a esquerda brasileira possa melhor compreender a questão indígena e atuar em parceria com o movimento dos povos originários, entendendo que o grande inimigo comum é o capital.

Leia a tese na íntegra aqui 

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