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A ciência salvou Cuba

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Por IELA em 28 de outubro de 2021

A ciência salvou Cuba

Modelo de saúde cubano é exemplo para o mundo

«Os resultados de Cuba contra a Covid-19 mostram o quanto a nação fez para vencer a batalha contra uma doença devastadora contra os humanos», disse o dr. José Angel Portal Miranda, ministro da Saúde Pública, apresentando uma atualização sobre as contribuições da ciência neste combate, perante uma plenária entusiasmada e orgulhosa com a presença dos destacados cientistas que protagonizam a façanha de nos salvar.
O ministro lembrou que em 2020 foi alcançado um bom controle da epidemia que foi possível manter até o início de 2021, apesar do aumento de casos que significou a entrada de novas variantes do SARS-COV-2 entre dezembro e fevereiro.
«Desde o início de 2021, o contexto epidemiológico cubano teve um crescimento sustentado de casos, até atingir os valores máximos em 23 de agosto, com 9.907 casos», avaliou o ministro.
Destacou que a partir de 20 de setembro -— data em que mais de 40 mil pessoas foram internadas com o vírus — iniciou-se a queda acelerada dos ativos, registrando-se em 27 de outubro 8.261, o que significou uma redução de 32.723 ativos (75% a menos do que o admitido) em 27 dias.
No entanto, o país não parou de desenvolver seus meios de enfrentamento à doença. Portal Miranda destacou que no ano passado a rede de Laboratórios de Biologia Molecular continuou se expandindo, alcançando todas as províncias e o município especial de Isla de la Juventud. Hoje são 27 instituições desse tipo em funcionamento, com capacidade para processar 25 mil testes de PCR por dia.
Referiu a atualização constante e oportuna dos nossos protocolos, tendo em conta a situação epidemiológica e as melhores experiências, o que nos permitiu enfrentar as diferentes complicações com maior precisão.
Considerou a estratégia de combate à pandemia, da qual o Plano de Prevenção e Controle do Coronavírus, aprovado no Conselho de Ministros já em janeiro de 2020, levou a se antecipar aos riscos e agir sem improvisação na tomada de decisões.
Photo: Ariel Cecilio LemusDo Plano, frisou que um dos seus eixos principais é a organização dos serviços de Saúde, em que o trabalho tem sido escalonado na disponibilidade de leitos hospitalares, na disponibilização de ventiladores pulmonares e outros equipamentos médicos e tecnológicos, bem como na preparação de profissionais e técnicos que atuam na zona vermelha e nos demais centros e serviços.
«Esta forma de atuação» — frisou — «tem permitido, durante grande parte da epidemia, manter o equilíbrio entre as necessidades e capacidades dos leitos hospitalares e outros serviços de tratamento de doentes seropositivos, apesar dos momentos tensos vividos recentemente com o aumento significativo de casos e a crise com o oxigênio medicinal».
Ao ratificar a vontade política do nosso Partido e do Governo de colocar a saúde das pessoas em primeiro lugar, o ministro da Saúde Pública destacou que esta tem tido, entre as suas premissas essenciais, uma gestão governamental baseada no uso da ciência.
«É justamente na ciência que se encontraram as melhores respostas para combater o vírus e, apesar da tragédia que causou sua disseminação pelo mundo, sua disseminação acelerada promoveu o desenvolvimento do conhecimento de uma forma sem precedentes em Cuba», afirmou.
Valorizou o trabalho das universidades cubanas e seus vínculos com o setor da Saúde, valioso exemplo de cooperação, bem como a integração do Sistema de Saúde com a indústria da biotecnologia e com outras instituições de pesquisa e centros de produção, o que favoreceu valiosas contribuições na luta contra a Covid-19.
ALGUMAS DAS CONTRIBUIÇÕES DA CIÊNCIA
• Conclusão de 23 mil projetos de pesquisa e inovação desenvolvidos em nível nacional, provincial e institucional, abrangendo pesquisa básica, clínico-epidemiológica e social.
• Das 261 pesquisas nacionais: 41 são testes clínicos, 14 intervenções de base populacional, quatro estudos de intervenção, 59 estudos clínicos observacionais, 65 epidemiológicos, 44 relacionados ao diagnóstico da doença, 19 pesquisas psicológicas e sociológicas, bem como outros 15 estudos associados.
• Conformação de uma pasta com 27 produtos desenvolvidos pelas empresas da BioCubaFarma: quatro imunomoduladores, três antivirais, três medicamentos antiinflamatórios, três vacinas com aprovação de uso de emergência e dois candidatos de vacinas ainda em teste clínico, quatro diagnosticadores serológicos, quatro diagnosticadores moleculares e quatro equipamentos médicas.
• Disponibilidade de cotonetes e meios de cultura, o que permite ampla cobertura diagnóstica.
• Utilização de mais de 170 ventiladores pulmonares produzidos pela indústria biofarmacêutica, para o atendimento de pacientes em estado crítico.
• O Centro de Estudos Avançados de Cuba produziu insumos nanotecnológicos, usados ​​pelos Laboratórios de Biologia Molecular.
• Estudos relacionados ao diagnóstico molecular da Covid-19 e suas variantes circulantes, introdução de novos fármacos, modelagem matemática de fenômenos epidemiológicos, além de outras pesquisas clínicas, genéticas, psicológicas e sociais.
• Modelos de prognóstico que lançaram luz sobre a evolução da doença e serviram de guia para a aprovação de ações de saúde em função do cenário epidemiológico.
• Estudos moleculares e estudos associados à carga viral, que proporcionaram o conhecimento do vírus e serviram de base para outras pesquisas que permitem avançar nos estudos clínicos e na eficácia de nossas vacinas e vacinas candidatas.
• Uso e desenvolvimento de medicamentos como interferons (Heberferón, Heberón e Nasalferón); o uso precoce desses antivirais evitou que a maioria dos pacientes progredisse para estágios graves da doença.
• Produtos como o peptídeo Jusvinza e os anticorpos monoclonais Nimotuzumab e Itoulizumab ajudaram a atingir taxas de recuperação em pacientes graves superiores a 80%.
• Estudo da epidemiologia grave e da correlação entre incidência e mortalidade, tanto por territórios como por país, o que tem permitido a adoção de medidas em função da situação.
• Abordagem para anticoagulação, com uso de Estreptoquinase.
• Utilização de inteligência artificial para avaliação de exames radiológicos e tomografia computadorizada de tórax para o diagnóstico de pneumonia, a partir do contágio com COVID-19.
• Estudos associados ao comportamento da doença na idade pediátrica.
• Combinação inovadora de medicamentos cubanos, incluindo o uso de Biomodulin T e Surfacen, com sobrevida de 99,9% nos pacientes tratados.
• Desenvolvimento de ações de saúde mental e apoio psicossocial.
• Algoritmo de atendimento a pacientes convalescentes, que possuem múltiplas ações associadas.
• Estudo das sequelas renais, neurológicas, pulmonares e psicológicas produzidas pela Covid-19.
• Tratamento com uso de células-mãe para lesões inflamatórias e fibrose pulmonar.
• Soluções informáticas (Plataforma Autopesquisa, Higia, Sistema Internacional de Controle Sanitário, Sistema de Gestão de Amostras PCR, Plataforma Andariego Vida Geoinformática).
Os deputados Juan Carlos Rodríguez Díaz, de Pinar del Río; o destacado cientista Jorge Berlanga, de Havana; Luis Marino Portuondo Ramírez, de Santiago de Cuba; e o dr. Jorge González Pérez, de Havana, concordaram com o valioso trabalho da ciência cubana diante da Covid-19, apesar de enfrentar obstáculos como o bloqueio econômico, comercial e financeiro genocida imposto pelo governo dos Estados Unidos, que se intensificou durante a pandemia e elogiou o trabalho e o pensamento brilhante de Fidel.
Cristina Luna Morales, deputada da província de Granma, propôs agradecer — mais uma vez — aos nossos médicos e enfermeiras, trabalhadores da saúde e cientistas, pela dedicação em salvar vidas nestes tempos difíceis. Nesse sentido, o membro do Bureau Político do Partido e presidente da ANPP, Esteban Lazo Hernández, sugeriu que se levasse a proposta do deputado como um acordo da Assembleia, que foi aprovada por unanimidade.
 

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