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A FLIP 2018 será de Hilda Hilst

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Por IELA em 08 de dezembro de 2017

A FLIP 2018 será de Hilda Hilst

No ano de 2018, as ruas de Paraty serão de Hilda, que buscou na Casa do Sol a tranquilidade para produzir sua literatura e tornar-se uma das principais escritoras do século XX.
Acaba de ser anunciado pelos organizadores da FLIP 2018 que o ano será da escritora brasileira Hilda Hilst,  nesta 16ª edição de um dos maiores eventos literários do país, que ocorrerá nos dias 25 a 29 de julho.
Novamente com a curadoria da jornalista Joselia Aguiar, que em 2017 trouxe o nome do escritor Lima Barreto para Paraty, servindo como base, além de suas obras, a reflexão da influência e participação do negro e das mulheres no cenário atual do Brasil, num momento em que a luta por direitos e colocação digna na sociedade é uma pauta constante.
Sempre com esse intuito, a FLIP é muito mais do que uma feira de livros. O encontro, o elo entre o público, cultura, arte e reflexão, mais tudo o que se tem contato nesses dias em que milhares de visitantes nacionais e internacionais, percorrem as ruas de um dos lugares mais lindos do país, se constitui na mais pura história brasileira.
A escolha de Hilda Hilst deve-se a importância de suas obras, ligadas à questão existencial, conceituando a vivência do ser humano, com as suas limitações e fragilidades. Traz poesia, dramaturgia e prosa, como espaço para os seus questionamentos, considerados complexos, sem se render às exigências editoriais.
A curadora afirma que há pontos em comum entre Hilda Hilst e Lima Barreto: “Ambos foram transgressores, cada um a seu modo e em seu tempo, e se dedicaram à escrita de modo tal que ultrapassaram o limite do que era esperado de cada um: ele como autor negro de baixa renda, ela como mulher livre numa sociedade que não estava acostumada a isso.
Segundo consta em sua página oficial, o acervo da escritora encontra-se dividido entre sua residência, que, atualmente, é o Instituto Hilda Hilst, e o Centro Cultural Alexandre Eulálio da Universidade Estadual de Campinas (Cedae- Campinas), com diversas edições esgotadas.
Dentre os diversos autores nacionais que preencheram por mais de uma década os momentos das edições da FLIP, Hilda Hilst chega para encabeçar e enaltecer pela terceira vez a figura feminina da literatura. Assim, será nas ruas de Paraty, que se prepara para Hilda, para respirar o seu ar, e trazer à tona os seus questionamentos, a leitura de a “A mulher que queria ser lida”.
 
 

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