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A literatura sobre o gênero sexual não pode ficar circunscrita à direita universitária

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Por Gilberto Felisberto Vasconcellos em 24 de março de 2023

A literatura sobre o gênero sexual não pode ficar circunscrita à direita universitária

Maria Bonita e Lampião

É espantoso o ódio à mulher na pólis brasileira. O signo da dominação capitalista é patriarcal. Casa Grande e Senzala.

Darcy Ribeiro sacou as primícias genéticas: o brasileiro é mais mulher que homem.

Tudo é mãe em nosso folclore, segundo Luís da Câmara Cascudo. A mãe da coceira. A mãe da mandioca. A mãe da maconha. A mãe d’água.

O útero da mãe solteira é a economia política dos Brizolões.

O hino com a sinédoque da mãe gentil identifica-se à pátria e ao território. O seio da mãe gentil é alimento e prazer.

A hipótese do matriarcado de Pindorama como o prelúdio do socialismo figura em Oswald de Andrade.

O socialismo será matriarcal ou não será socialismo.

Caititi. Caititi. Caititi.

Depois de 40 anos terminei de escrever sobre Oswald de Andrade.

Soloswald.

Preciso de editor inteligente e que queira ganhar dinheiro. Agradeço a gentileza de Nilva Ouriques por ter cuidado dos meus cochilos gramaticais.

De uns tempos para cá a violência contra a mulher se traduz pelo ódio à mãe encarada como a principal responsável pelo fracasso dos filhos e do pai.

A culpa está na puta que me pariu e que te pariu também.

Matricídio.

Para mim foi isso que elegeu Jair Bolsonaro.

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