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Argentina e a greve geral

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Por Elaine Tavares em 23 de janeiro de 2024

Argentina e a greve geral

Imagem: @patriciojorge70 – Copyrights sob Creative Commons CC0.

Nesta quarta-feira, dia 24, os movimentos sociais, sindicatos, partidos e militantes de vários coletivos de esquerda realizam um protesto nacional contra o governo de Javier Milei. A proposta é construir um grande ato em frente ao Congresso Nacional para rechaçar a Lei Ómnibus e o Decreto de Necessidade e Urgência que segundo as lideranças sindicais apenas repetem as receitas já fracassadas da ditadura, do período Menen e do governo Macri, retirando direitos dos trabalhadores e entregando a saqueando a nação.

O governo respondeu dizendo que não tolerará trancamento de ruas e vai agir com força. Assim, os manifestantes já sabem que enfrentarão muita repressão. Mas, isso em nada desestimula o “paro nacional”. Os trabalhadores querem expressar seu descontentamento com as medidas do governo e afirmam que irão para a mobilização em paz. Se o governo quiser proibir o direito de protesto, terão de se haver com a história. Afinal, não a liberdade o conceito básico que move Milei? Caso os trabalhadores sejam reprimidos ficará evidente que a liberdade do presidente só diz respeito á classe dominante.

Milei disse na mídia que a greve vai mostrar duas Argentinas: uma que quer ficar no atraso e outra que quer “salir adelante”, no que foi prontamente respondido por Rodolfo Aguilar, da Associação de Trabalhadores do Estado. “A greve não mostrará duas Argentinas, mas dois modelos diferentes de país”. Alertou que estarão nas ruas não apenas os trabalhadores da ativa ou desempregados, mas também os aposentados, os estudantes, as donas de casa, os piqueteiros e todos os que não aceitam esse ajuste econômico que vai contra a maioria da população e aprofunda a miséria.

A movimentação terá o apoio dos trabalhadores do transporte que já decidiram por uma greve parcial, garantindo assim o transporte para que os manifestantes possam se deslocar de seus bairros.

 

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