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Cuba realiza referendo para definir Código de Família

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Por IELA em 26 de setembro de 2022

Cuba realiza referendo para definir Código de Família

Raul castro vota no referendo – Photo: Estudios Revolución

Quase 70% dos oito milhões de cubanos aptos para votar compareceram às urnas nesse domingo para o referendo do Código de Família. Depois de meses de discussão sobre as mudanças na lei que incluem a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo e a barriga de aluguel, o novo código, que também já passou por uma consulta popular, será aprovado ou não conforme decisão da maioria. O código ainda garante mais proteção para os setores vulneráveis da sociedade, como os deficientes, por exemplo, define a violência sexual e de gênero e introduz a possibilidade de que os menores estejam sob a responsabilidade de vários pais ou avós e parentes próximos.
O Conselho Nacional Eleitoral informou que 5,8 milhões de pessoas depositaram o voto na urna. O resultado deve sair em poucos dias já que em Cuba os votos ainda não são eletrônicos. Mais de 200 mil autoridades eleitorais acompanham o processo e as urnas são guardadas sempre por crianças. A presidente do CNE, Alina Balseiro Gutiérrez,  afirmou que essa oportunidade de votar e expressar opinião sobre uma lei que tem gerado bastante debate é única e revela a qualidade da democracia participativa cubana, bem como os pontos fortes do sistema eleitoral, desde a concepção do voto como livre, direto e secreto, até a contagem transparente e pública dos votos nos locais de votação.
O presidente Miguel Díaz-Canel votou cedo e destacou que espera ver a população cubana apostando nas mudanças que só garantem que Cuba siga sendo um dos melhores países para se viver. “Há pessoas que, por suas crenças, ainda não compreenderam que o Código não nega o tipo de família que eles defendem, mas que apenas dá garantias tanto para as famílias tradicionais como para outros tipos de família que existem e que não podem ser discriminadas”. Ele ainda lembrou que com a aprovação do código milhares de pessoas que hoje vivem em exclusão e silêncio poderão viver em paz. Díaz-Canel também lembrou que o código traz muito mais benefícios do que estes que têm sido foco de debate, e que não é justo que a sociedade cubana perca por conta de preconceitos que precisam ser superados. 
Dados preliminares apontam a vitória do sim.

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