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Declaração de Margarita

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Por IELA em 17 de setembro de 2016

Declaração de Margarita

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje a “Declaração de Margarita”, como parte de uma série de objetivos que serão impulsionados pela Venezuela, agora que o país está na presidência do Movimento de Países Não-Alinhados (MNOAL).
Durante a XVII Conferência da MNOAL, realizada na Ilha Margarita, foram levantados 11 pontos com os quais se buscará a democratização do sistema da Nações Unidas, a construção de um mundo polipolar, multicêntrico que permita o nascimento de um novo sistema econômico, cultural, político nos países do sul.
11 Pontos da Declaração de Margarita
1.- Acelerar os procesos do sistema das Nações Unidas para garantir sua verdadeira democratização: a ampliação do Conselho de Segurança da ONU, com a participação de potencias emergentes do Sul, a democratização dos sistemas de eleição de governo e de tomada de decisão do sistema das Nações Unidas, assim como o impulso de uma agenda de cultura de paz e de defesa da autodeterminação dos povos. Propor a refundação de uma nova  forma de ser das Nações Unidas, “temos a força, a liderança, e os votos para avançar de maneira decidida em um processos de concretização acelerada desse caminho de transformação”.
2.- Retomar as bandeiras da nova ordem econômica internacional a luz dos organismos e no âmbito da poderosa aliança com os BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como força econômica emergente (…), a luz de uma aliança dos blocos regionais que já se consolidaram na Ásia, África, América Latina e Caribe”.
3.- A realização dos planos específicos do Plano20e metas desejadas pelo colonialismo, adotado há um ano na comemoração do sistema das Nações Unidas, e que será considerado como uma grande prioridade. Com esse plano se buscará superar as dívidas e metas do colonialismo, neocolonialismo, neoliberalismo e do sistema selvagem de submissão das economias.
4.- Retomar a agenda da democratização da comunicação e da informação na nova ordem internacional. Buscar-se-á renovar tudo o que tem a ver com a comunicação como uma bandeira principal da MNOAL.  Foi lembrada a experiência da Telesur, criada por Chávez, que é uma janela para as lutas da América e do Caribe.
5.- Impulsionar uma agenda de cultura de paz, de diálogo de civilizações, de defesa da autodeterminação dos povos frente às agendas de intervencionismo, de ameaças de guerra, de modelos não convencionais de intervenção. Retomar com força uma agenda de encontros e de solução de conflitos através da diplomacia.
6.- Assumir uma agenda verde desde o Sul, já que os povos do Sul são as grandes vítimas do aquecimento global. Achar soluções que enfrentem esse fenômeno que afeta a terra inteira.
7.- Achar soluções para a causa do povo palestino. Continuar de maneira perseverante apoiando o povo palestino, como um tema central ainda não resolvido pela humanidade.
8.- Finalizar por completo a perseguição e o bloqueio da nação irmã Cuba, imposto pelo império estadunidense por mais de cinco décadas, afetando de maneira significativa o povo cubano.
9.- Concretizar um processo de descolonização do povo de Porto Rico.
10.- Atentar para a solução dos drama dos refugiados do Oriente Médio, produto das bombas e ataques imperialistas.
11.- Erradicar o terrorismo em todas as suas formas. Lutar contra os países que causam desestabilização.

 

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