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Marcha de 40 dias até Washington contra o racismo

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Por IELA em 02 de agosto de 2015

Marcha de 40 dias até Washington contra o racismo

Marcha pretende chegar no dia 11 de setembro

Centenas de pessoas, ativistas pelos direitos dos afro americanos, iniciaram nesse sábado, dia primeiro de agosto, uma marcha até a capital dos Estados Unidos, Washington, com o objetivo de chamar a atenção sobre as injustiças raciais e reclamar mudanças profundas nas políticas de direito ao voto, educação e emprego, além de denunciar a violência da força policial . 
A abertura oficial da marcha foi na cidade de Selma (Alabama) em frente a ponte Edmund Pettus, o mesmo lugar onde há 50 anos, em março de 1965, dezenas de ativistas afro americanos foram duramente reprimidos pela polícia no chamado “Domingo Sangrento”. 
A Travessia por Justiça (“Journey for Justice”) recorrerá a pé mais de 1.380 quilômetros através de cinco estados do sul dos Estados Unidos até chegar à capital e está organizada pela principal associação do país para a defesa dos direitos do afro americanos, a NAACP. Os  ativistas atravessarão os estados de Alabama, Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia, para chegar no próximo dia 11 de setembro a Washington, conforme informou a NAACP (sigla em inglês da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor). 
Em Washington, os caminhantes tem planejado um dia final de discursos e atos no 16 de setembro, tendo como lema “Nossas vidas, nossos votos, nossos empregos, nossas escolas importam”. 
Segundo o organizador da NAACP para a região sudeste, Quincy Bates: “Pedimos reformas políticas reais e necessitamos do apoio de todo o país.Pedimos que o Congresso restaure, fortaleça e impulsione a Lei do Direito ao Voto de 1965, com a adoção de uma Lei de Avanços do Direito ao Voto”. Também pedem os manifestantes que haja uma ação federal para assegurar que cada estudante tenha acesso a uma educação segura e de qualidade, independentemente de onde resida ou da renda de sua casa. 
Também exigem a aprovação de medidas para elevar o salário mínimo e que se priorize a criação de empregos e a formação para o trabalho. Os ativistas querem a criação de uma regra nacional sobre o uso da força para todos os agentes de segurança e a aprovação de uma lei contra as práticas policiais que perseguem pessoas em função de sua cor ou etnia. 
A marcha começou poucos dias antes do aniversário do assassinato de um jovem negro pelas mãos de um policial branco em Ferguson (Missouri), no dia  nove de agosto de 2014, que foi seguida por outros casos similares em vários pontos do país e despertou mobilizações e debates sobre a brutalidade policial contra as minorias. 
Traduzido de Telesur

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