A ação da USAID no Brasil
Texto: IELA
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Foto: Gustavo Diehl – UFSC
Depois de um longo trabalho da Comissão Memória e Verdade (CMV-UFSC), levantando fatos concretos vivenciados na UFSC durante o período da ditadura militar, foi aprovada, em sessão histórica do Conselho Universitário, por 54 votos favoráveis, a alteração do nome do campus que, a partir de agora não mais se chamará João David Ferreira Lima. A decisão segue uma das recomendações da comissão que propõe revisar homenagens a personalidades que, de alguma forma, colaboraram com o regime militar. O processo de discussão e decisão exigiu quatro reuniões do CUn, algumas delas bem tumultuadas por figuras da direita. Mas, finalmente, neste dia 17 de junho, a decisão foi tomada.
O relatório da Comissão Memória e Justiça da UFSC foi o que sustentou o parecer dado pelo relator Hamilton de Godoy Wielewicki. Nele, está registrado que o ex-reitor João David Ferreira Lima, atuou de maneira ativa durante a ditadura, indicando nomes de professores acusados de “esquerda” ou abrindo processos administrativos também com a intenção de garantir expurgos.
Na terceira reunião, quando tudo já parecia bem encaminhado o representante da Fiesc, Alexandre D´Avila da Cunha apresentou pedido de vistas, e no seu parecer apontou a necessidade de a Comissão Memória e Verdade não ter considerado o momento histórico que impunha muitas pressões sobre as autoridades. Segundo ele, as ordens vindas do governo militar obrigavam os servidores a seguirem o determinado. Assim, estava explicado o porquê de o reitor ter encaminhado ao governo o nome dos estudantes da UFSC ligados à UNE, ou de ter participado de comemorações do golpe ou de ter perseguido professores. Cumpria ordens.
Mas, para a Comissão Memória e Verdade, estava mais do que provado que o ex-reitor colaborou voluntariamente em práticas de espionagem, censura, repressão e controle ideológico durante o período em que esteve à frente da UFSC, fornecendo informações que serviram aos aparatos repressivos e que marcaram indelevelmente a vida de muitos trabalhadores e seus familiares.
A decisão do CUn cumpre um papel necessário que é o de reestabelecer a verdade e a justiça. O professor Waldir Rampinelli, do Iela, acompanhou o processo e fala sobre o tema.
Texto: IELA
Texto: IELA
Texto: Elaine Tavares
Texto: Rafael Cuevas Molina - Presidente AUNA-Costa Rica
Texto: IELA