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Peru: segue a Marcha dos 4 Suyos

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Por Elaine Tavares em 17 de janeiro de 2023

Peru: segue a Marcha dos 4 Suyos

Foto: Click – elbuho.pe

Desde este domingo milhares de peruanos estão nas estradas rumo à capital, Lima, para a realização da “marcha dos 4 suyos”, ou seja, uma caminhada que sairá de todas as pontas do país. A proposta é chegar a Lima para os protestos contra as já contabilizadas 50 mortes, resultado da violência policial, e para exigir a renúncia da presidente Dina Boluarte que é considerada a responsável pela repressão. Também está na pauta da marcha a exigência para o fechamento do Congresso, a antecipação das eleições e a liberação do presidente Pedro Castillo.
Os protestos se desataram desde a prisão de Pedro Castillo, depois de sua fracassada tentativa de dissolver o Congresso.

Ainda no domingo já houve tentativas da polícia para impedir a saída das pessoas de suas comunidades o que foi considerado pela Defensoria do Povo uma ilegalidade. Os peruanos têm todo o direito de ir e vir para onde quiserem. Assim, nada irá impedir que as caravanas cheguem a Lima. Os manifestantes estão indo de carros particulares, ônibus, e trazem provisões para aguentar o tempo que for necessário. É uma grande mobilização nacional. Alguns grupos já estão na capital esperando as demais caravanas.

Nesta terça-feira provavelmente todas as representações já terão chegado e estarão prontas para estabelecer negociação com a presidente do país. Querem explicações sobre porque ela não renunciou quando Castillo foi preso, tal como anunciara, e por que não chama as eleições presidenciais. “Nós estamos nos organizando por nossa própria conta. Não somos terroristas. Somos cidadãos e queremos que nossas demandas sejam ouvidas e atendidas, observando a nossa Constituição”, dizem os manifestantes.

A marcha que teve seu início no domingo, com a saída de milhares de camponeses e trabalhadores das diversas regiões do país, culmina no dia 19 de janeiro, quinta-feira, quando está marcado um dia de “paro geral” no Peru. Lima, a capital, deve ser o centro do protesto juntando os caminhantes vindos dos quatro “suyos” e também os trabalhadores urbanos, sindicalistas e estudantes.

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